Cunha é acusado de mentir à CPI da Petrobras ao negar a existência de contas no exterior em seu nome. Cunha diz ser beneficiário das contas, que seriam de empresas
Por Redação, com Vermelho - de Brasília:
O Conselho de Ética da Câmara se reuniu, nesta terça-feira para discutir a representação contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na semana passada, o relator da matéria, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), apresentou parecer pela admissibilidade do processo e acatou aditamento do Psol com novas denúncias contra Cunha.
No aditamento, o Psol pede para investigar entre outras coisas “indícios acerca da existência de cinco novas contas em diferentes países de titularidade do representado (Cunha).” Em seguida, houve pedido de vista coletivo do parecer, adiando mais uma vez a votação do parecer.
O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), entrou na sexta-feira com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do 1º vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de determinar a retomada desde o estágio inicial do processo relativo a Cunha.
A decisão de Maranhão é vista como mais uma das manobras de Cunhapara postergar uma decisão sobre a cassação do seu mandato. Para isso, ele usa sua tropa de choque, questionando todas as ações do colegiado desde o início da ação, no final do ano passado.
Maranhão atendeu a uma questão de ordem do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) que alegou que, como o relator do caso foi trocado em dezembro, seria necessário retomar o processo do início. Araújo, porém, discorda dessa interpretação, e por isso decidiu recorrer ao STF contra a decisão de Maranhão.
O presidente da Casa é acusado de mentir à CPI da Petrobras ao negar a existência de contas no exterior em seu nome. Cunha diz ser beneficiário das contas, que seriam de empresas. O Supremo já está analisando denúncia de que ele tenha sido favorecido com propina em contratos da estatal.
Para o líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), Cunha não tem mais condições de permanecer à frente da Casa.
- A Bancada do PCdoB no Congresso quer a saída de Cunha da presidência. Queremos que o Supremo decida cautelarmente sobre a saída do presidente da Câmara do cargo. Nós não podemos mais lidar com uma pessoa que comete ilegalidades, atos contra a Constituição para favorecer seus próprios interesses. Não dá mais. Alguma medida de fora para dentro precisa ser tomada - disse.
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