O Cruzeiro não teve que se esforçar muito para vencer o Vasco, por 4 x 1, nesta quarta-feira, no Mineirão, consolidando sua liderança isolada no Campeonato Brasileiro, com 40 pontos. O time de Wanderley Luxemburgo construiu o resultado no primeiro tempo, ao fazer 2 x 0, e manteve a partida sob controle, o tempo inteiro, praticamente sem ser ameaçado pela equipe do estreante técnico Mauro Galvão.
O desempenho de Cruzeiro e Vasco em campo, refletiu as campanhas realizadas pelas duas equipes. O time da casa jogou como líder, enquanto os visitantes tiveram uma atuação de equipe que ocupa colocação ruim. Nem a presença de craques consagrados como Edmundo, Marcelinho Carioca e Beto, que fez sua estréia, contribuíram para dar maior qualidade técnica ao Vasco, que compensou com bastante vontade e determinação.
Logo a 1min do primeiro tempo, um drible de corpo do camisa 10 celeste, Alex, que deixou seu adversário caído, mostrou a diferença técnica entre os dois times. Mas foi o Vasco que teve a primeira oportunidade de gol, aos 5min, quando Rodrigo Souto recebeu passe de Marcelinho e chutou, para boa defesa do goleiro cruzeirense Artur.
A boa jogada cruzmaltina, no entanto, não chegou a assustar o Cruzeiro, que, tranqüilamente, chegou ao seu primeiro gol, aos 10min. A jogada começou com Alex, que tocou para o lateral-esquerdo Leandro, que cruzou e o zagueiro Wellington Paulo não conseguiu cortar. A bola chegou para Deivid, que dominou e bateu, por baixo das pernas do goleiro Fábio.
O gol sofrido deixou o estreante Mauro Galvão bastante agitado. À beira do gramado, o substituto de Antônio Lopes gesticulava bastante, demonstrando insatisfação com a atuação da sua equipe. E o segundo gol cruzeirense não demorou. Aos 18min, Alex cobrou escanteio, com perfeição, colocando a bola na cabeça do zagueiro Edu Dracena, que subiu muito e livre.
Sentindo sua superioridade, o Cruzeiro passou a administrar o marcador e, em alguns momentos do primeiro tempo chegou a mostrar desinteresse na partida. O Vasco, por sua vez, tentava tocar a bola, especialmente com Marcelinho Carioca, mas esbarrava na falta de ritmo de seus principais jogadores.
O meia Alex deixou o gramado, no intervalo, dizendo que o Cruzeiro precisava melhorar os passes e alertou seus companheiros: "Quando tivermos oportunidades de fazer gols, temos que marcar". Para o zagueiro Edu Dracena, o time não pode acomodar com a vitória parcial e precisa se empenhar para aumentar o placar.
Mas o início do segundo tempo dava a impressão que o Vasco conseguiria complicar a vitória celeste. O time carioca voltou com o veterano Donizete no lugar de Cadu, que entrou disposto a "correr, lutar e dar o máximo". E em três minutos, o time visitante teve três chances de fazer o gol. A melhor delas foi aos 3min, quando o zagueiro Cris tentou driblar Donizete, perdeu a bola, mas o atacante vascaíno não consegui passar pelo goleiro Artur, que impediu o gol.
Mais uma vez o surrado ditado "quem não faz leva" se fez presente. Quando levava um sufoco, o Cruzeiro chegou ao terceiro gol, marcado por Deivid, o seu 14º no Brasileiro, aos 5min. Ele completou de cabeça, belo cruzamento do veterano Zinho. Com 3 x 0, a Raposa voltou a relaxar em campo e acabou castigado, aos 11min, quando o volante Rodrigo Souto fez bela jogada individual, passou por dois adversários e chutou bem para vencer Artur.
O gol vascaíno não chegou a ameaçar o domínio cruzeirense, que mesmo sem forçar muito o ritmo, criava oportunidades de marcar. Aos 23min, o atacante Deivid fez o seu terceiro na partida e o 15º no Brasileiro, igualando-se a Luís Fabiano, do São Paulo, na artilharia da competição. A jogada foi muito parecida com o gol anterior, quando Zinho colocou a bola na cabeça de Deivid.
Esse gol confirmou a superioridade do Cruzeiro, que chegou à sua sétima vitória em 10 jogos disputados dentro de casa, onde ainda não perdeu. Os outros três jogos terminaram empatados.
Cruzeiro goleia o Vasco por 4 a 1
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Quarta, 16 de Julho de 2003 às 20:38, por: CdB