Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Crise política interfere na economia, afirma ministro de Dilma

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Sábado, 12 de Setembro de 2015 às 13:58, por: CdB
Por Redação - de Brasília: "A economia só vai se recuperar se houver pacificação política". A assertiva é do ministro da Comunicação Social, Edinho Silva. O ministro explica que "tem que ter oposição, inclusive se a gente tiver uma oposição propositiva melhor ainda". Para conter a crise, "certamente com pacificação política a economia terá o ambiente necessária para a sua recuperação".
edinho-silva1.jpgEdinho Silva é sociólogo e ocupa hoje a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
A declaração foi feita depois de Edinho ser perguntado, em entrevista ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo, publicada neste sábado, sobre a reação positiva do mercado diante da notícia de que o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, deixaria o governo. Para ele, o fato "não tem fundamento". – Qualquer ataque ao ministro Mercadante hoje aumenta a instabilidade política. E instabilidade política não é bom para a economia. É uma imensa contradição – disse. Edinho destacou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que foi responsabilizado por alas do PT pelo rebaixamento da nota do Brasil pela Standard & Poor´s "está prestigiado". – Está fortalecido porque todos nós acreditamos que ele está construindo o caminho que precisa ser construído para a retomada do crescimento – afirmou. Para ele, é "injusto" cobrar de Levy a perda do grau de investimento do Brasil. De acordo com Edinho Silva, a prioridade da presidente Dilma Rousseff é cortar na própria carne para reduzir o custeio e depois abrir o diálogo com o Congresso sobre aumento de receitas, a fim de eliminar o déficit de R$ 30,5 bilhões previstos no Orçamento de 2016. – Vai ter que reduzir cargos comissionados, custeio de contratos, o gasto da máquina – acrescentou. Novas 'tretas' Uma nova 'treta' (ação baseada na astúcia, na manha; ardil; estratagema, segundo o dicionário Caldas Aulete), aliados da presidenta Dilma Rousseff voltam a colocar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, como alvo do 'fogo amigo', aumentando a pressão contra ele dentro do partido do governo, o PT. Dirigentes petistas apontam faltam de "gestão" de Cardozo sobre a Polícia Federal, subordinada à pasta, principalmente agora depois que um delegado da corporação enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para ouvir o ex-presidente Lula. O documento é assinado por Josélio Azevedo de Sousa, que admite não ter provas diretas contra Lula, mas ressalta a importância de, mesmo assim, ouvir o cacique petista para apurar se ele foi beneficiado no esquema de corrupção da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato. Petistas ouvidos por jornalistas avaliam o pedido como "arbitrário", por não haver provas. Cardozo é pressionado pelo PT por sua relação com a PF desde o primeiro governo da presidente Dilma Rousseff. A pressão se intensificou esse ano com as operações Lava Jato e Acrônimo, cujo alvo foi o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PF). As ações são consideradas abusivas por dirigentes petistas. A Executiva Nacional do partido chegou a aprovar, em junho desse ano, pedido para que Cardozo desse explicações sobre os dois trabalhos da PF. Cardozo, ciente das críticas do partido, desmarcou um evento do PT em São Paulo neste sábado, alegando ter reuniões em Brasília.
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