O futuro das três casas de ópera de Berlim está ameaçado por razões econômicas. Os diretores das óperas da capital alemã acusam o prefeito de cortar gastos para saldar dívidas enquanto tenta conservar em Berlim a imagem de centro cultural internacional. Assolados por dívidas que já somam cerca de US$ 51 milhões desde a reunificação da Alemanha, em 1991, os funcionários dos três teatros de ópera berlinenses se esforçam para mantê-los abertos, mas as subvenções do governo diminuem. A prefeitura tem um plano para equilibrar as finanças das casas de ópera. Mas, mesmo sendo provável que os vereadores aprovem o plano, os diretores dos três teatros continuam céticos e temem que finalmente sejam obrigados a fundir os três teatros em um. "Não sabemos exatamente o que acontecerá", disse o diretor geral da ópera estatal Peter Mussbach. Daniel Barenboim, diretor artístico da Staatsoper desde 1992, atacou a decisão de cortar o dinheiro das óperas de Berlim. As três casas de ópera coordenaram seus programas para evitar conflitos nas duas próximas temporadas. "Estamos dispostos a considerar qualquer opção, e isso vale para mim também", disse o argentino naturalizado israelense Barenboim. Mas ele acrescentou que "nenhum plano acerca das casas de ópera de Berlim pode perder de vista o conceito de que cada companhia deve permanecer independente, em termos artísticos e comerciais".
Crise econômica abala casas de ópera de Berlim
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Terça, 22 de Abril de 2003 às 16:46, por: CdB