O crime organizado em Israel cresceu 4,2% em 2003 e matou nove pessoas, revela o relatório anual da Polícia sobre a criminalidade na sociedade israelense. O comissário Shlomo Aharonishky, chefe da Polícia israelense, disse neste domingo que este número representa um grande aumento nas atividades do crime organizado, integrado, segundo seus investigadores, por 850 membros e 48 grupos e organizações.
O último ajuste de contas, ocorrido há vários meses, matou três transeuntes, atingidos pela explosão de uma bomba em uma freqüentada rua de Tel Aviv.
Observadores locais ressaltam que este aumento se deve ao fato de o conflito com os palestinos ter obrigado a Polícia a destinar uma parte considerável de seus efetivos à prevenção de atentados, no lugar de intensificar o combate à criminalidade comum e ao crime organizado.
Segundo as estatísticas, em 2003, a Polícia abriu 26.024 processos delitivos, contra 25.075 em 2002. A criminalidade juvenil, por sua vez, cresceu de 32 mil casos denunciados em 2002 para 34 mil em 2003.
No entanto, o número de assassinatos caiu de 167 em 2002 para 163 em 2003, ao passo que os delitos de caráter sexual, recuaram de 3.511 para 3.425. Cerca de 650 desses casos de crimes sexuais foram de estupro, cifra menor que a registrada em 2002, quando houve 680 casos deste tipo.