Cresce em 50% o número de transplantes de órgãos no Rio
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Quinta, 18 de Dezembro de 2014 às 10:41, por: CdB
O Rio de Janeiro aumentou em 50% o número de transplantes de órgãos e em 300% o de tecidos nos últimos três anos. O crescimento expressivo é resultado das ações do Programa Estadual de Transplantes (PET), da Secretaria de Saúde. As iniciativas colocaram o Estado do Rio, que já foi o lanterna do ranking nacional, na posição de segundo lugar em números absolutos de doações, logo após o estado de São Paulo.
Desde a implantação do PET, mais órgãos foram captados e mais transplantes realizados. Essa matemática tem como principal consequência a redução na fila de pessoas aguardando por um transplante no Rio de Janeiro; uma diminuição de 70% de 2008. para 2014. Antes do PET, 7.580 aguardavam por um órgão. Hoje, a fila está com 2.369 pacientes.
Entre os anos de 2006 e 2009, 1.150 transplantes de órgãos e 444 de tecidos foram realizados no Estado do Rio. Já no triênio seguinte, após o início do funcionamento do programa, foram feitos 1.715 transplantes de órgãos e 1.701 de tecidos.
- Os números são resultados do trabalho realizado pelo Governo do Estado e da conscientização da sociedade - explicou o secretário de Saúde, Marcos Musafir.
No início deste mês, o Programa Estadual de Transplantes bateu seu recorde de captações anual: 251 doações. No ano passado, foram realizadas 225 doações e em 2012, 221. Além das ações do Governo do Rio, a melhora no comportamento das famílias refletiu no aumento das taxas de consentimento da doação de 51% para 57%.
Investimentos em OPOs
O Programa de Transplantes, criado em 2010, estabeleceu parcerias para a criação de dois bancos de olhos, um no Hospital de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu, em Volta Redonda, e outro no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), na capital. A Secretaria de Saúde também inaugurou o Centro Estadual de Transplantes e o Hospital Estadual da Criança, responsável por realizar procedimentos infantis.
Além disso, o Estado aumentou o número de profissionais especializados e descentralizou e aperfeiçoou o processo de doação de órgãos e tecidos nos hospitais atendidos por cada uma destas novas unidades, por meio das Organizações de Procura de Órgãos (OPOs). Atualmente são três OPOs em funcionamento: no Instituto de Cardiologia Aloysio de Castro, no Humaitá; no Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca; e no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna.