Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

CPMI termina sem dizer origem de dinheiro do <i>Dossiê Serra</i>

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Quarta, 13 de Dezembro de 2006 às 08:08, por: CdB

Relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, o senador Amir Lando (PMDB-RO) concluiu, nesta quarta-feira, o relatório final que somente será lido nesta quinta-feira e, possivelmente, votado apenas na semana que vem, se houver quorum. Na avaliação do presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), o documento será conclusivo e apresentará resultados, apesar de não avançar na investigação sobre a origem do dinheiro que seria usado por petistas para a compra do dossiê contra políticos tucanos, chamado de Dossiê Serra.

Para Biscaia, o caso do dossiê é apenas conexo ao objeto principal de investigação da CPMI, que é o esquema de fraude na apresentação de emendas ao orçamento. Ele acredita que a investigação sobre a origem dos recursos apreendidos com petistas em um hotel em São Paulo, em setembro, deve ser concluída pela Polícia Federal.

- Agora, não se pode querer que uma CPMI, mesmo com os poderes que possui, tenha um trabalho mais rápido que o da Polícia Federal - disse.

Quanto à votação do relatório, no entanto, Biscaia acredita que basta um pedido de vistas sobre o texto para que seja transferida para a próxima semana, quando dificilmente haverá quorum no plenário da CPMI.

- Na semana que vem, vai ser difícil a gente ter quórum, pois muitos deputados não vão poder comparecer - avisou.

Biscaia gostaria que a votação do relatório acontecesse na véspera, para que pudesse conceder pedido de vistas por duas sessões e votar a matéria ainda nesta sexta-feira. Já na semana que vem, segundo Biscaia, vários integrantes da CPI já argumentaram que não vão poder comparecer, com a justificativa que precisarão estar presentes às diplomações para o próximo mandato, nos tribunais regionais eleitorais.

Estarão incluídos no relatório da CPMI o ex-coordenador da equipe de inteligência da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Jorge Lorenzetti. Gedimar Passos, Valdebran Padilha e Hamilton Lacerda. Os dois primeiros foram presos no hotel Ibis em São Paulo com R$ 1,75 milhão que seria usado na compra do dossiê. Para a Polícia Federal, foi Lacerda quem entregou o dinheiro a eles.

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