Coreia do Sul usa música brega e discursos irritantes como arma contra o Norte

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Publicado sábado, 9 de janeiro de 2016 as 18:41, por: CdB

As emissões transmitidas por alto-falantes pela Coreia do Sul mirando a Coreia do Norte trazem os rivais “à beira da guerra”, disse um importante oficial norte-coreano

Por Redação, com agências internacionais – de Pyongyang e Seul

Potentes alto-falantes montados na fronteira militarizada entre as Coreias, do Norte e do Sul, tocando músicas e discursos desafiadores — à toda altura — são agora o novo ponto de inflexão na crise que volta, mais uma vez, a ameaçar o frágil cessar-fogo entre partes da mesma nação, dividida após uma guerra civil em meados do século XX.

Manifestantes da Coreia do Sul protestam contra os irmãos do Norte
Manifestantes da Coreia do Sul protestam contra os irmãos do Norte

As emissões transmitidas por alto-falantes pela Coreia do Sul mirando a Coreia do Norte trazem os rivais “à beira da guerra”, disse um importante oficial norte-coreano, na primeira reação do país à barragem sonora ao longo de sua fronteira.

O quarto teste nuclear da Coreia do Norte, na quarta-feira, irritou tanto os Estados Unidos quanto a China, que não foi avisada com antecedência. No entanto, o governo dos EUA e especialistas em armas duvidam das alegações da Coreia do Norte de que o dispositivo que explodiu era uma bomba de hidrogênio.

Em retaliação ao teste, a Coreia do Sul ativou na sexta-feira uma ensurdecedora barragem de propaganda. A última vez que a Coreia do Sul utilizou os alto-falantes, em agosto de 2015, desencadeou troca de balas.

— Com inveja do teste bem-sucedido de nossa primeira bomba de hidrogênio, os EUA e seus seguidores estão levando a situação à beira da guerra ao dizer que retomaram transmissões psicológicas e acionaram bombardeiros estratégicos — disse o chefe do departamento de propaganda do Partido dos Trabalhadores norte-coreano, Kim Ki Nam.

Sanções à Coreia do Norte

O ministro japonês pretendia telefonar, nas próximas horas, ao ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, e seu equivalente chinês, Wang Yi, para apresentar os seus argumentos a favor de introdução de sanções contra a Coreia do Norte, que recentemente (em 6 de janeiro) anunciou a realização de um teste nuclear bem sucedido.

— Pretendo falar por telefone com os ministros das Relações Exteriores da China e da Rússia, provavelmente isso vai acontecer no início da semana. O papel da China é especialmente importante, porque tem grande influência sobre a República do Norte — disse Kishida aos repórteres neste sábado.

No Japão a semana começa ao domingo e, por isso, a conversa pode ser realizada já na manhã seguinte.

O chanceler japonês também frisou que o teste recente já é o quarto e “se pensarmos sobre o desenvolvimento tecnológico de seus meios de transporte, começando com o dos mísseis balísticos, entendemos que esta é uma ameaça geral a toda a comunidade internacional”.

O ministro sublinhou a necessidade de reagir construtivamente e dar um sinal forte ao país.

De acordo com a informação divulgada pelo canal de TV NHK, Kishida quer persuadir os seus homólogos a apresentar no Conselho de Segurança da ONU o pedido de introduzir novas sanções contra a Coreia do Norte.

Em 6 de janeiro, a Coreia do Norte anunciou ter realizado o primeiro teste de uma bomba de hidrogênio.