As emissões transmitidas por alto-falantes pela Coreia do Sul mirando a Coreia do Norte trazem os rivais "à beira da guerra", disse um importante oficial norte-coreano
Por Redação, com agências internacionais - de Pyongyang e Seul
Potentes alto-falantes montados na fronteira militarizada entre as Coreias, do Norte e do Sul, tocando músicas e discursos desafiadores — à toda altura — são agora o novo ponto de inflexão na crise que volta, mais uma vez, a ameaçar o frágil cessar-fogo entre partes da mesma nação, dividida após uma guerra civil em meados do século XX.
As emissões transmitidas por alto-falantes pela Coreia do Sul mirando a Coreia do Norte trazem os rivais "à beira da guerra", disse um importante oficial norte-coreano, na primeira reação do país à barragem sonora ao longo de sua fronteira.
O quarto teste nuclear da Coreia do Norte, na quarta-feira, irritou tanto os Estados Unidos quanto a China, que não foi avisada com antecedência. No entanto, o governo dos EUA e especialistas em armas duvidam das alegações da Coreia do Norte de que o dispositivo que explodiu era uma bomba de hidrogênio.
Em retaliação ao teste, a Coreia do Sul ativou na sexta-feira uma ensurdecedora barragem de propaganda. A última vez que a Coreia do Sul utilizou os alto-falantes, em agosto de 2015, desencadeou troca de balas.
— Com inveja do teste bem-sucedido de nossa primeira bomba de hidrogênio, os EUA e seus seguidores estão levando a situação à beira da guerra ao dizer que retomaram transmissões psicológicas e acionaram bombardeiros estratégicos — disse o chefe do departamento de propaganda do Partido dos Trabalhadores norte-coreano, Kim Ki Nam.
Sanções à Coreia do Norte
O ministro japonês pretendia telefonar, nas próximas horas, ao ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, e seu equivalente chinês, Wang Yi, para apresentar os seus argumentos a favor de introdução de sanções contra a Coreia do Norte, que recentemente (em 6 de janeiro) anunciou a realização de um teste nuclear bem sucedido.
— Pretendo falar por telefone com os ministros das Relações Exteriores da China e da Rússia, provavelmente isso vai acontecer no início da semana. O papel da China é especialmente importante, porque tem grande influência sobre a República do Norte — disse Kishida aos repórteres neste sábado.
No Japão a semana começa ao domingo e, por isso, a conversa pode ser realizada já na manhã seguinte.
O chanceler japonês também frisou que o teste recente já é o quarto e "se pensarmos sobre o desenvolvimento tecnológico de seus meios de transporte, começando com o dos mísseis balísticos, entendemos que esta é uma ameaça geral a toda a comunidade internacional".
O ministro sublinhou a necessidade de reagir construtivamente e dar um sinal forte ao país.
De acordo com a informação divulgada pelo canal de TV NHK, Kishida quer persuadir os seus homólogos a apresentar no Conselho de Segurança da ONU o pedido de introduzir novas sanções contra a Coreia do Norte.
Em 6 de janeiro, a Coreia do Norte anunciou ter realizado o primeiro teste de uma bomba de hidrogênio.
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