Um estudo divulgado nesta quarta-feira revelou que as mulheres estão muito mais sujeitas que o homens a sofrerem paradas cardíacas por causa do estresse. O estudo, apresentado no Fórum Científico da Ásia e do Pacífico da Associação Americana do Coração, foi liderado por Norman Ratliff, cardiologista da Fundação Instituto do Coração de Minneapolis da Universidade de Minnesota.
- Encontram-se diferenças na percepção que homens e mulheres têm dos fatores de estresse psicossociais que antecedem a parada cardíaca - disse o cardiologista.
No trabalho, os pesquisadores avaliaram 122 homens e mulheres que tiveram parada cardíaca fora do ambiente hospitalar. Todos os voluntários responderam perguntas sobre o estado emocional e o nível de estresse que haviam enfrentado no período que antecedeu a parada cardíaca. Eles também deram informações sobre o tipo de atividade que estavam realizando um pouco tempo antes de sofrer o problema no coração.
Os autores do trabalho verificaram que os relatos dos homens e das mulheres sobre o estresse psicológico diferiram dramaticamente. Por exemplo, 40% das pacientes disseram ter passado por desgastes como divórcio ou depressão no período anterior à parada cardíaca, enquanto apenas 16% dos homens informaram ter enfrentado situações semelhantes.
Os cientistas também observaram diferenças com respeito à atividade que homens e mulheres desempenhavam no momento da crise. Apenas 5% das voluntárias disseram que estavam fazendo exercícios físicos. Entre os homens, esse índice foi de 40%.
- Houve uma tendência maior entre as mulheres de afirmar que passaram por algo ruim na vida - divórcio, morte recente de alguém próximo, grande briga com o marido. Os homens pareceram mais propensos a dizer: Eu estava cortando lenha ou removendo a neve - observou Ratliff.