Cinqüenta mil crianças e jovens moradores de comunidades de baixa renda do estado do Rio de Janeiro vão participar da segunda fase do Projeto Segundo Tempo Pan Social, que alia a prática esportiva ao apoio escolar. O ministro do Esporte, Orlando Silva Junior, renovou, nesta quinta-feira, a parceria com a organização não-governamental Viva Rio, responsável pela gestão da iniciativa, para estender, por mais 12 meses, o projeto, que foi lançado no início do ano.
De acordo com o ministro, o Segundo Tempo Pan Social está inserido numa política de estruturação do roteiro dos Jogos Pan-americanos de 2007, que serão realizados no Rio. O objetivo é mobilizar as comunidades próximas aos locais onde ocorrerão os jogos para que recebam assistência sócio-esportiva, disse Silva.
O ministro destacou que, apesar de não ser o objetivo principal, a promoção de práticas esportivas junto às comunidades carentes pode revelar atletas.
- Queremos formar campeões na vida, trabalhar o esporte como forma de construir consciência crítica, de consolidar valores como disciplina, tolerância, perseverança e solidariedade. Mas, inevitavelmente, numa iniciativa como essa, que mobiliza 50 mil crianças e jovens, vamos identificar talentos que podem ser transformados em atletas -, disse ele.
A líder da comunidade de Vila Ipiranga, em Niterói, região metropolitana do estado, Márcia Souto, acredita que a prática esportiva ajuda a reduzir a violência nas áreas de baixa renda. Segundo a líder de Vila Ipiranga, "é uma tranqüilidade para a comunidade, principalmente para as mães". Márcia Souto tem um filho de sete anos, Juan Diego, que participa do projeto.
Na primeira fase, o Segundo Tempo Pan Social atendeu 50 mil crianças e jovens entre 7 e 14 anos. Elas participaram de atividades esportivas fora do horário escolar, nos 247 núcleos esportivos em funcionamento no estado. De acordo com o ministério, desse total, 99,2% das crianças e jovens freqüentam a escola.