Os atrasos em vôos continuam nesta terça-feira nos principais aeroportos do País. No Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, Rio de Janeiro, e no Aeroporto de Confins, Minas Gerais, chega a 11 o número de vôos atrasados. Em Congonhas, São Paulo, 10 vôos apresentam atrasos.
A Infraero informou que se houver atrasos em Brasília, a situação se repetirá em cadeia nos principais aeroportos do País. Chega ao quinto dia o problema causado por uma "operação padrão" dos controladores de vôo.
No Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, as companhias aéreas TAM e Gol informaram que muitos vôos já apresentam atrasos. A BRA, Varig e OceanAir declararam que estão operando suas rotas dentro do horário.
A Aeronáutica anunciou a convocação de controladores de vôo aposentados para minimizar a crise e também afirmou que dará prioridade aos vôos comerciais, reduzindo o tráfego de pequenas aeronaves e jatos particulares nos horários de pico.
Nesta terça-feira, alguns dos principais aeroportos brasileiros voltaram a causar problemas aos passageiros em razão dos vôos atrasados e cancelados, especialmente em Brasília. As salas de embarque voltaram a ficar cheias. O atraso nos pousos e decolagens chegou a duas horas e passageiros que conseguiram embarcar tiveram de sair dos aviões. Nem aqueles que estavam fazendo escala conseguiram contornar do problema.
Os atrasos começaram quando os controladores decidiram dobrar a distância entre os aviões, de cinco para 10 milhas náuticas, o que implica evitar pousos e decolagens com pouco intervalo. Esta decisão foi tomada na tentativa de preservar a segurança dos passageiros, após o acidente com o vôo 1907 da Gol.
O Aeroporto Internacional de Brasília é o terceiro em movimentação de passageiros e aeronaves do Brasil. Os aviões pousavam e decolavam durante a noite passada com um atraso médio de uma a duas horas. Os passageiros não puderam acompanhar chegadas e partidas pelos painéis porque eles estavam em manutenção.
A Aeronáutica afirmou que a falta de controladores prejudica o tráfego aéreo. E que a situação ficou mais complexa com o afastamento dos nove controladores que estavam de serviço no dia do acidente com o Boeing da Gol. O ministro da Defesa, Waldir Pires, declarou que "é provável que tenha faltado recursos humanos. A minha posição pessoal é que nós criemos turmas de stand by, para todas as hipóteses".
A situação dos aeroportos já foi discutida em uma série de reuniões de emergência no Ministério da Defesa. Participaram representantes da Infraero, que administra os aeroportos e do comando da Aeronáutica, responsável pelo tráfego aéreo. O governo quer evitar que os atrasos nos vôos levem ao colapso do sistema nesta semana que terá feriado.