Brasil, Peru, Bolívia e Argentina vão enviar uma missão diplomática ao Equador para auxiliar a "normalizar" as instituições democráticas do país, que depôs o presidente eleito Lucio Gutiérrez em meio a uma revolta popular. A missão será formada pelos chanceleres de cada país, que vão "dialogar com as forças políticas equatorianas", segundo comunicado conjunto divulgado pelo Itamaraty.
- Os países da Comunidade Sul-Americana de Nações reiteram sua profunda preocupação com a sucessiva deterioração da constitucionalidade e institucionalidade democrática no Equador, que culminou com o afastamento do ex-presidente Lucio Gutiérrez de suas funções - afirmaram os ministros das relações exteriores do Brasil, do Peru e da Bolívia no comunicado.
Os três países compõem a comunidade sul-americana, mas a Argentina também aceitou fazer parte da missão, como parte do Grupo do Rio.
Nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou o pedido de asilo feito por Gutiérrez, que permanece na embaixada brasileira de Quito à espera do avião da Força Aérea Brasileira que o levará a Brasília.
Antes de pousar em Quito, a aeronave aguarda autorização do novo presidente equatoriano, Alfredo Palacio, para que Gutiérrez deixe o país com segurança.