O resultado das análises de laboratório, solicitadas pela Comissão de Meio Ambiente da Alerj, de trechos da areia próximos a quatro línguas negras de Copacabana foi divulgado nesta sexta-feira, na Praia do Leme, pelo presidente da comissão, deputado Carlos Minc (PT). As análises demonstram os riscos a que estão sujeitos os banhistas de contrair dez diferentes tipos de verminoses, hepatite, micoses diversas, fungos e bactérias. A divulgação dos dados foi feita durante ato público, com a participação de associações de moradores, ecologistas e surfistas, entre outros.
O exame foi feito na Escola de Ciência Tecnológica da Unigranrio (Universidade do Grande Rio), pelo professor David Zee e pelo biólogo Jorge Cardoso. As amostras coletadas em 19 e 27 de abril de 2006 revelaram contaminação por diferentes agentes patogênicos. Combinadas com as análises anteriores, revelam os agentes transmissores de doenças. A comissão pediu medidas preventivas de limpeza e de informação à população sobre os riscos de correm.
A Comissão de Meio Ambiente da Alerj vem há oito anos monitorando a contaminação das areias das praias e das línguas negras. Embora a Lei 2.661/96 proíba o lançamento de esgoto sem tratamento no meio ambiente, as línguas negras, como a da Praia do Leme, se formam sempre que chove, devido às ligações clandestinas na rede de águas pluviais e à falta de saneamento básico nas favelas da vizinhança.