Combatentes curdos do Iraque entram na Síria para atacar Estado Islâmico
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Quinta, 30 de Outubro de 2014 às 10:00, por: CdB
Um primeiro grupo de combatentes curdos iraquianos peshmergas entrou na cidade sitiada de Kobani, na Síria, nesta quinta-feira, para ajudar a enfrentar os militantes do Estado Islâmico que desafiam os ataques aéreos dos Estados Unidos e ameaçaram massacrar os adversários.
Kobani, na fronteira com a Turquia, está cercada pelos insurgentes sunitas há mais de 40 dias. As semanas de bombardeios liderados pelos EUA não bastaram para romper o cerco, e os curdos esperam que a chegada dos peshmerga mude o rumo da luta.
O cerco a Kobani tornou-se um teste sobre a capacidade da coalizão encabeçada pelos norte-americanos de deter o avanço do Estado Islâmico, e Washington saudou a mobilização dos peshmerga.
Um primeiro contingente de cerca de dez peshmerga chegou a Kobani via Turquia, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado em Londres. Autoridades curdas e turcas disseram que um destacamento maior é esperado em questão de horas.
- Aquele grupo inicial, segundo me disseram, está aqui para conduzir o planejamento de nossa estratégia de avanço - disse Meryem Kobane, comandante do YPG, principal facção armada curda da Síria defendendo a cidade.
- Eles precisam fazer preparativos para que os peshmerga sejam posicionados de acordo com as nossas necessidades disse ela à agência inglesa de notícias Reuters.
Cerca de cem peshmerga chegaram de avião ao sudeste da Turquia na quarta-feira, e a eles se reuniu mais tarde um comboio terrestre de veículos levando armamento pesado, como um canhão e metralhadoras de alto calibre montadas em picapes.
Em um complexo protegido por forças de segurança turcas perto da cidade fronteiriça de Suruç, os combatentes vestiam uniformes de batalha e preparavam as armas, relatou um correspondente da Reuters.
A Síria criticou a Turquia por permitir que combatentes estrangeiros e “terroristas” entrem na Síria, o que viu como uma violação de sua soberania. Seu Ministério das Relações Exteriores descreveu a manobra como um “gesto desprezível”.
O presidente do Curdistão iraquiano, Masoud Barzani, declarou que sua região está pronta para enviar mais forças a Kobani se solicitadas.
No Iraque, os corpos de 150 membros de uma tribo sunita que combatiam o Estado Islâmico foram encontrados em uma vala comum, afirmaram autoridades de segurança nesta quinta-feira. Os militantes do Estado Islâmico levaram os homens de seus vilarejos à cidade de Ramadi e os mataram na noite desta quarta-feira.
Polícia de Israel
A polícia de Israel matou nesta quinta-feira um homem que disparou contra policiais ao resistir à prisão em Jerusalém Oriental depois de ter tentado assassinar um ativista israelense de extrema-direita, informou a polícia.
- Unidades da polícia antiterrorista cercaram uma casa no bairro de Abu Tor e prenderam um suspeito da tentativa de homicídio de Yehuda Glick, imediatamente ao chegaram eles foram alvo de tiros. Eles responderam aos disparos e mataram o suspeito - disse o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld.
Um site oficial do Hamas identificou o homem que foi morto como Moataz Hejazi, de 32 anos, que passou 11 anos em uma prisão israelense e foi solto em 2012.
Glick ficou gravemente ferido devido aos tiros levados em Jerusalém, na quarta-feira, enquanto deixava uma conferência promovendo a campanha judaica para permitir orações em um local da Cidade Velha que é um ponto de tensão já que judeus e muçulmanos o consideram sagrado, disseram autoridades israelenses.