Um suicida do Hamas matou dois "colaboracionistas" palestinos que tentaram impedi-los de atacar israelenses com uma bomba, disse o grupo militante islâmico na terça-feira.
Três palestinos morreram numa explosão misteriosa na segunda-feira. Em um princípio, os médicos culparam o Exército israelense. Mas o Hamas disse que um de seus suicidas se explodiu quando dois homens armados e mascarados o impediram de entrar no território israelense - o que seria uma atitude rara entre palestinos.
Há suspeitas de que uma rede de informantes tenha ajudado Israel no assassinato do líder do Hamas Abdel-Aziz al-Rantissi, em 17 de abril, mas não se tinha notícia de palestinos tentando impedir ataques militantes.
O Hamas afirmou que Zaki al-Baqa, 33, e outro homem tentaram entrar em Israel a leste do campo de refugiados de Maghazi, no centro da faixa de Gaza.
- Ele se explodiu contra os dois colaboracionistas, depois que eles os impediram de se explodir contra os ocupantes sionistas - disse um comunicado divulgado pelo Izz el-Deen al-Qassam, braço armado do Hamas.
O outro homem escapou levemente ferido.
O Hamas, que matou centenas de israelenses em ataques suicidas a bomba em três anos e meio de conflito, disse que tomaria providências contra colaboracionistas.
- As Brigadas de Qassam prometem que vão caçar esse grupo imundo e todos os envolvidos neste crime deplorável - disse o texto.
Durante o conflito, pelo menos 30 palestinos foram mortos por militantes, sob acusação de ajudar o serviço secreto israelense.