Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Clima dos brasileiros em Londres é de choque e preocupação

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Segunda, 25 de Julho de 2005 às 11:57, por: CdB

O coordenador de relações internacionais da Organização Não-Governamental Justiça Global, Carlos Eduardo Goia, que está em Londres, contou, em entrevista à Agência Brasil, as reações na Inglaterra sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes. A Justiça Global é uma ONG dedicada à promocão dos direitos humanos no Brasil.

Segundo Carlos Eduardo, a reação dos brasileiros que vivem em Londres é de choque e preocupação. - A maioria das pessoas com quem conversei, primeiro, ficou em choque por saber que é um brasileiro. Em segundo lugar, preocupação com o fato dessa política de atirar para matar da polícia e também uma certa dúvida com relação à reação do Jean, se ele teria mesmo corrido da policia.

Já entre as pessoas próximas de Jean Charles o clima é de revolta pela morte de uma pessoa inocente.

O integrange da Justiça Global conta que ontem cerca de 40 brasilerios realizaram uma manifestação em frente ao parlamento inglês com frases de protesto contra a morte do brasileiro. Segundo ele, frases como "Sou brasilerio, não atire em mim", mostram o clima de apreensão dos estrangeiros que vivem hoje em Londres.

Carlos Eduardo conta que a imprensa britânica tem refletido o sentimento geral de que houve abuso por parte da polícia. Mas afirma que, ao mesmo tempo, há um reconhecimento de que a polícia tem realizado um bom trabalho, com exceção desse caso, e que está fazendo o possível em relação aos atentados das últimas semanas.

Segundo Carlos Eduardo, após o segundo atentado, que aconteceu no último dia 21, a população britânica está apreensiva. Ele conta que o transporte público tem menos passageiros e, de forma geral, as pessoas estão preocupadas com a possibilidade de que novos atentados aconteçam.

- Antes mesmo da bombas havia uma certa apreensão de que alguma coisa algum dia ocorreria. A população até voltou ao normal com rapidez, a resposta do governo foi de certa forma rápida e eficiente e, depois das bombas que não explodiram, estão todos mais preocupados e achando que vai acontecer de novo - afirma.

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