“O Michel Temer, que eu conheço e sei que está envolvido até o pescoço com tudo o que não presta nos últimos 20 anos”, disse o pré-candidato pedetista, Ciro Gomes
Por Redação - de São Paulo
Ex-ministro da Fazenda, ex-governador do Ceará e presidenciável em 2018, se houver eleições, o economista Ciro Gomes não economizou nos adjetivos ao presidente de facto, Michel Temer. Ciro classificou o governo do peemedebista de um "desastre total”. Mas não ficou por aí.
— Michel Temer, que eu conheço e sei que está envolvido até o pescoço com tudo o que não presta nos últimos 20 anos — disse o pedetista a um dos diários conservadores paulistanos.
Ciro versus Lula
Ciro também abriu fogo contra o Congresso, classificando-o de "fisiológico e corrupto”.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi outro que não escapou à artilharia do possível candidato. Ele disse que a possível candidatura de Lula, em 2018, seria um "desserviço".
— O Lula ainda tem força para canalizar a favor e contra ele todo o processo eleitoral. O que seria lamentável, tanto para o país quanto para ele. Seria um desserviço. Porque na melhor hipótese ele ganha potencializando essa hostilidade mesquinha que vai agredir na porta do hospital a mulher dele que estava moribunda — disse.
Depressão econômica
Para Ciro Gomes, a gestão de Temer, tanto na política quanto na economia, “é um desastre”.
— É um desastre em todos os ângulos que se queira considerar. Hoje você tem taxa de juros de 13% com uma inflação projetada inferior a 4%. Ou seja, a taxa real de juros do governo Temer está subindo no momento de depressão econômica — afirmou.
O ex-governador coloca em xeque a idoneidade moral de Temer.
— Hoje o Congresso é fisiológico e corrupto. Você tem na linha de sucessão delatados: Michel Temer, que eu conheço e sei que está envolvido até o pescoço com tudo o que não presta nos últimos 20 anos. Tem o Enuncio Oliveira (presidente do Senado), que o Brasil vai conhecer. Chega a ser vulgar e inacreditável como a maioria esmagadora dos senadores vota — acrescentou.
Tudo ou nada
Embora siga em plena campanha, Ciro Gomes ainda não assumiu, integralmente, seu papel como candidato ao Palácio do Planalto.
— Eu vou pensar cem vezes antes de ser candidato. Eu tenho vontade de ser presidente do Brasil, isso é notório há muitos anos. Me preparo para isso. Porque se eu entendo que é minha tarefa, vou fazer história. E não tem conversa, não vou me reeleger. Não vou para fazer graça com ninguém, eu vou para fazer o que tem de ser feito e ir pra casa. Quebrar ou ser quebrado — conclui.