A situação levou um grupo de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores gaúchos a viajar a Brasília. Eles se reuniram, na manhã desta quarta-feira, com o ministro da Integração Nacional
Por Redação, com ABr - de Brasília:
Cerca de 26 cidades do Rio Grande do Sul decretaram situação de emergência entre o começo de abril e a última segunda-feira. Segundo a Defesa Civil estadual, outros municípios afetados pelas fortes chuvas e outros eventos climáticos adversos do último mês continuam enviando laudos e documentos necessários para comprovar os prejuízos e a necessidade de auxílio para ajudar a população e recuperar os danos.
A situação levou um grupo de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores gaúchos a viajar a Brasília. Eles se reuniram, na manhã desta quarta-feira, com o ministro da Integração Nacional, Josélio de Andrade Moura, e com representantes da secretaria nacional de Proteção e Defesa Civil.
A audiência foi intermediada pelo deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) para que os políticos reivindiquem apoio federal para a recuperação de estradas e pontes e para amenizar os prejuízos, em especial no setor agrícola e pecuário.
De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS), embora as recentes chuvas tenham atrasado a colheita de soja e a umidade tenha comprometido a qualidade do grão na região sul do Estado, a colheita de soja e de milho atinge 95% e, no geral, as produtividades têm surpreendido de forma positiva.
Os últimos decretos de situação de emergência, homologados pelo governo gaúcho, foram os de Pedro Osório e Santa Vitória do Palmar. Também tiveram suas situações reconhecidas Aceguá; Arroio Grande; Bagé; Campinas das Missões; Candiota; Canguçu; Capão do Leão; Cerrito e Chuí, Cristal, Dom Pedrito; Herval; Hulha Negra; Jaguarão; Morro Redondo; Pedras Altas; Pedro Osório; Pinheiro; Machado; Quaraí; Rosário do Sul; Santa Vitória do Palmar; São Francisco de Assis e São Miguel das Missões. Dos 26 municípios, cinco já tiveram a situação reconhecida também pela União: Cerrito; Herval; Pedro Osório; Pinheiro Machado e São Francisco de Assis.
Abrigos
Segundo o major Gustavo Martins, da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 266 famílias diretamente afetadas pelas chuvas intensas, vendavais, um tornado e cheia de rios, tiveram que deixar suas casas e buscar a residência de parentes, amigos ou abrigos públicos.
Só na última semana de abril, a cheia dos rios devido ao mau tempo obrigou 85 famílias de Quaraí, 45 de Dom Pedrito e ao menos oito de Alegrete a deixar suas casas. “Continua chovendo em algumas regiões, principalmente na fronteira, e há previsão de mais chuvas para os próximos dias, mas nenhum alerta de fortes precipitações. Ainda assim, continuamos monitorando a situação, principalmente os já atingidos, pois o acúmulo (de água no solo) pode prejudicá-los”, disse o major à Agência Brasil.