A economia da China cresceu 6,7% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2015
Por Redação, com Reuters - de Pequim:
A economia da China cresceu um pouco mais do que o esperado no segundo trimestre uma vez que os gastos do governo e um boom imobiliário impulsionaram a atividade industrial, embora a queda no crescimento do investimento privado aponte para uma perda de ímpeto neste ano.
A segunda maior economia do mundo cresceu 6,7% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, mantendo o ritmo do primeiro trimestre mas ainda na taxa mais lenta desde a crise financeira global, mostraram dados divulgados nesta sexta-feira. Analistas esperavam que a alta do Produto Interno Bruto (PIB) desacelerasse para 6,6%.
Embora os temores de um pouso forçado tenham diminuído, investidores temem que mais desaceleração na China e qualquer grande consequência decorrente da decisão britânica de deixar a União Europeia deixe o mundo mais vulneráveis ao risco de uma recessão global.
Mas sinais de crescimento mais estável na Chinapode esconder uma economia que cresce cada vez mais desigual, já que a expansão se torna ainda mais dependente dos gastos e dívida do governo.
Um setor privado fraco e sinais de fadiga nos mercados imobiliários apontam para a crescente possibilidade de que o governo possa precisar fornecer estímulos adicionais neste ano para atingir a meta de crescimento de 6,5 a 7%.
Houve alguns pontos positivos nos dados desta sexta-feira, já que o consumo respondeu por uma maior fatia do crescimento e as vendas no varejo e a produção industrial superaram as expectativas.
O consumo respondeu por 73,4% do crescimento econômico da China no primeiro semestre. A alta da produção industrial acelerou para 6,2% em junho sobre o ano anterior, contra expectativa de alta de 5,9% e ganho de 6% no mês anterior.
As vendas no varejo subiram 10,6% em junho na comparação anual, ante expectativa de 10%.
Mas em um sinal de que Pequim dobrou seus esforços de estímulo, o empréstimo bancário no primeiro semestre atingiu um recorde e os gastos do governo saltaram 20% em junho.
Ao mesmo tempo, o aumento no investimento por empresas privadas caiu para um mínima recorde no primeiro semestre, uma vez que elas se retraem diante do cenário econômico e de exportações fracos.
Essa desaceleração alarmou investidores e autoridades, já que o setor privado responde por mais de 60% do investimento total e por 80% dos empregos da China.
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