China e Japão mantiveram conversas em Pequim nesta segunda-feira, mas não conseguiram impedir um deterioramento de relações após um terceiro final de semana de protestos na China contra o que muitos vêem como a inabilidade do Japão em reconhecer seu passado belicoso.
O ministro das Relações Exteriores japonês, Nobutaka Machimura, encontrou-se com o conselheiro de Estado Tang Jiaxuan, um ex-chanceler com amplas responsabilidades sobre assuntos diplomáticos. Ele disse que Machimura visitava o país "sob circunstâncias bastante difíceis nas relações sino-japonesas", as quais foram estabelecidas em 1972.
A disputa entre os dois países ocorre por causa de território, pelo conteúdo de livros de história e pela tentativa japonesa a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
As diferenças já afetaram os mercados financeiros em Tóquio, com o índice Nikkei caindo 3,8% nesta segunda-feira e o iene se desvalorizando em relação ao dólar.
Tang não considerou um pedido feito por Machimura para que a China se desculpe pelos protestos. O enviado japonês afirmou que "uma palavra de desculpas teria o poder de mudar os sentimentos do povo do Japão para uma boa direção", disse a agência Kyodo.