Rio de Janeiro, 30 de Dezembro de 2024

China diz que estrageiros não entendem decisão sobre Taiwan

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Terça, 15 de Março de 2005 às 04:24, por: CdB

O Ministério chinês de Assuntos Exteriores rejeitou, nesta terça-feira, as críticas internacionais à Lei Anti-Secessão aprovada ontem e opinou que alguns países, como os EUA ou a União Européia, "não a entendem".

- Eles não entendem todo o significado desta lei. - declarou Liu Jianchao, porta-voz do Ministério de Exteriores, em entrevista coletiva rotineira.

- (Pequim) compreende o interesse de outras nações pelas relações entre China e Taiwan e respeita que expressem sua opinião, mas isso não muda o fato de que Taiwan é parte da China. - ressaltou.

- Qualquer um que leia a lei, entenderá qual é seu objetivo. - acrescentou Liu, ao expressar sua confiança de que "a lei vá receber o apoio de todos os países que acreditam na reunificação da China".

A Lei Anti-Secessão "é destinada a conseguir a reunificação pacífica" da Mãe Pátria, "controlar e frear as tendências independentistas na ilha de Taiwan", declarou o porta-voz.

Tanto a UE quanto os Estados Unidos criticaram ontem esta lei que pela primeira vez prevê o uso legal de "meios não pacíficos" para a reunificação, já que aumentará a tensão na região.

A medida é "desafortunada" e "não serve à causa da paz", opinou em Washington um porta-voz da Casa Branca, enquanto a presidência luxemburguesa da UE pediu calma tanto à China quanto a Taiwan e reiterou sua postura em favor de uma solução pacífica.

Pequim espera, no entanto, que a Lei Anti-Secessão ajude a frear o independentismo taiuanês e a criar "um desenvolvimento positivo, paz e estabilidade na região da Ásia e do Pacífico".

Além disso, "favorecerá o desenvolvimento positivo das relações com os EUA e a UE", opinou Liu, sem explicar de que modo isto aconteceria.

A Assembléia Nacional Popular chinesa aprovou ontem quase por unanimidade (duas abstenções) a Lei Anti-Secessão, que oferece a Taiwan amplas vantagens caso aceite a reunificação com a China comunista, mas também ameaça com guerra se não o fizer.

Por ser muito vaga ao especificar as condições que justificariam uma intervenção armada, a lei foi criticada duramente por Taiwan, que a considerou "um cheque em branco" para o exército chinês.

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