O presidente do banco central da China afirmou, nesta sexta-feira, ser cedo ainda para dizer se o país precisa de um aumento de juros para conter a inflação.
Muitos analistas prevêem que a China aumente os juros no segundo semestre, enquanto outros acham que isso uma última cartada se outras medidas - sobretudo para desacelerar os investimentos - não fizerem efeito.
- As autoridades monetárias ainda estão relutantes sobre aumentar os juros. O objetivo da política (monetária) ainda é desacelerar o investimento em certos setores, mas estimular o consumo - disse Yiping Huang, economista do Citigroup.
Os comentários do presidente do BC, Zhou Xiaochuan, são feitos um dia após dados mostrarem que a economia chinesa cresceu 9,7% entre o primeiro trimestre de 2003 e o de 2004 - um patamar visto por muitos economistas como insustentável e perigoso.
A forte expansão resultou sobretudo de um salto nos investimentos, podendo acelerar a inflação e gerar novos empréstimos ruins em um sistema bancário já bastante abatido por esse problema.