O Ministério de Assuntos Exteriores da China disse, nesta terça-feira, que as eleições do próximo domingo no Iraque "são um grande acontecimento para o povo iraquiano e sua transição".
As eleições servirão para "estabilizar a situação no Iraque e criar as condições" para o desenvolvimento do país, declarou o porta-voz Kong Quan em entrevista coletiva.
Segundo Kong, as eleições "cumprirão três objetivos: defender a soberania nacional, garantir a solidariedade e criar uma base governamental, e defender os interesses fundamentais do povo iraquiano".
Ao responder se a China, um regime comunista, apoiaria o desenvolvimento da democracia no Oriente Médio, Kong respondeu que "o processo democrático deve ser realizado", mas acrescentou que "sobre a base das condições reais e das tradições dos países" da região.
Hoje mesmo, o governo interino iraquiano e os EUA advertiram sobre uma possível escalada da violência no Iraque nos dias que antecedem as eleições, apesar da detenção de Abu Omar al Kurdi, um dos responsáveis pelos ataques no país árabe.
Depois do seqüestro há uma semana e da posterior libertação de oito cidadãos chineses no país árabe, Kong lembrou a advertência de Pequim a que seus cidadãos não viajem ao Iraque.
O governo da China é um tradicional aliado do Iraque e tinha boa relação política e comercial com o regime do agora derrocado e preso Saddam Hussein, sendo seu segundo maior fornecedor de armas.
Atualmente contribui à reconstrução iraquiana, apesar da oposição dos Estados Unidos.
China apóia eleições no Iraque
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Terça, 25 de Janeiro de 2005 às 06:34, por: CdB