O confronto entre a polícia militar e traficantes no Morro da Mineira, no Rio de Janeiro, continua nesse terça-feira. Até agora o número de mortos é de onze pessoas.
Ontem a polícia encontrou sete corpos esquartejados e parcialmente carbonizados no alto do morro. Os sete são vítimas da guerra entre traficantes dos morros do São Carlos, do Zinco e da Mineira, que começou na madrugada de domingo.
Além dos sete corpos, que estavam próximos a uma lixeira, outras duas pessoas foram mortas na segunda-feira em confrontos com as polícias militar e civil no morro. Uma das vítimas teve o corpo incendiado por bandidos a cerca de 200 metros da estação do metrô da Praça Onze.
O primeiro corpo encontrado pela polícia no Morro da Mineira, no domingo de manhã, era de Ricardo Eugênio Rosa. Ele e as quatro pessoas feridas não têm antecedentes criminais, segundo o delegado Ricardo Dias Teixeira, titular da 6ª DP. Os feridos foram ouvidos e alegaram ter sido baleados quando fugiam do tiroteio.
Na opinião do delegado, a execução do homem ainda não identificado, que teve o corpo incendiado numa rua próxima à estação do metrô da Praça Onze, não tem relação com a guerra na Mineira. Para o policial, os traficantes não se arriscariam a deixar a favela para praticar o crime.
O conflito teria começado com a invasão da Mineira por um grupo de traficantes do São Carlos chefiados por Gilson Ramos da Silva, de 21 anos, o Gilson Aritana. Ele, segundo a polícia, também contou com um informante que, infiltrado na quadrilha da Mineira, conseguiu levantar endereços dos bandidos. A invasão estaria sendo planejada inicialmente para o Ano Novo.
O delegado acredita que o bando do São Carlos tente novo ataque ou que os bandidos da Mineira queiram se vingar.
- Já enviei um ofício à Secretaria de Segurança Pública e ao comando do 1 BPM, solicitando reforço no policiamento da área, sobretudo no dia 31, data prevista inicialmente para a invasão.