O presidente argentino, Néstor Kirchner, demitiu na noite da última quinta-feira o chefe da Polícia Federal, Eduardo Prados, por desobedecer ordens sobre procedimentos para conter manifestações sociais. Prados queria que policiais armados contessem a determinação, ao contrário de Kirchner.
A renúncia foi anunciada pelo ministro da Justiça, Gustavo Béliz. Ele explicou que a decisão foi adotada porque Prados discordou na Câmara de Vereadores de Buenos Aires da determinação de Kirchner dos policiais acompanharam a manifestação da última quinta-feira desarmados.
- Discordaram do modo de operação e o presidente pediu sua renúncia - disse Béliz, garantindo que os policiais agiram desarmados, contradizendo fontes ligadas ao governo.
O ministro destacou que o secretário de Segurança, Norberto Quantín, permanece no cargo, descartando versões sobre sua saída. Béliz disse ainda que Prados será substituído pelo subchefe imediato da corporação, Néstor Vallecca.
Outro funcionário do governo, que pediu para não ser identificado, revelou que Kirchner pediu a renúncia (de Prados) antes de decolar no Tango 01 (avião presidencial), que o levou para a Bolívia.
A saída de Prados sucede os sérios incidentes registrados na última sexta-feira, quando centenas de pessoas cercaram por cinco horas o prédio da Câmara de Vereadores da capital argentina, com uma fraca atuação das forças de segurança.
Na quinta-feira, em uma nova passeata que terminou sem incidentes, as autoridades determinaram que os policiais não portassem armas, mas as ordens não foram acatadas, de acordo com fontes ligadas ao governo.
Chefe policial é demitido por Kirchner
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Sexta, 23 de Julho de 2004 às 00:04, por: CdB