Cerca de 70 pessoas morrem em deslizamentos de terra na China

Cerca de 70 pessoas morreram na província de Sichuan, sudoeste da China, como conseqüência de um deslizamento de terras ocorrido no sábado, informou, nesta segunda-feira, o jornal South China Morning Post.
 
O incidente aconteceu no povoado de Badi, lugar habitado pela minoria étnica tibetana e muito popular entre os turistas, onde outras 90 pessoas ficaram durante horas presas pela lama e à espera de ajuda.

A avalanche de barro e rochas, que cobriu o rio Jinchuan e formou um lago artificial de mais de dois quilômetros, arrasou centenas de casas, estradas e pontes, atingindo mais de cinco mil pessoas.

Liu Xingshi, professor da Universidade Politécnica de Chengdu, capital da província de Sichuan, declarou que o desflorestamento das montanhas "fez com que as rochas e o barro fossem arrastados pelas fortes chuvas, tornando mais perigosas as avalanches".

Além disso, outras quatro pessoas morreram e 20 continuam desaparecidas depois de um deslizamento de terra no domingo, no povoado de Qianjiangping, província de Hubei, centro da China, informou, nesta segunda, a Agência Oficial Xinhua.

Por enquanto, 16 pessoas morreram nessa província em conseqüência das chuvas, enquanto que mais de 985.000 tiveram de deixar suas casas. As perdas econômicas foram estimadas até agora em 12,7 bilhões de iuanes (cerca de 1,53 bilhão de dólares).

A Cruz Vermelha da China anunciou no domingo a doação de 800.000 iuanes (96,4 mil dólares) para ajudar as zonas mais afetadas.

A época de chuvas começou na China no final de junho, enquanto que as enchentes se transferiram progressivamente do sul para o norte do país, sendo a zona do rio Huaihe a mais afetada, produzindo as piores inundações desde 1991.

Os dados atuais, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) da China, confirmam que até 10 de julho mais de 120 milhões de pessoas foram atingidas pelas inundações em 11 províncias e municípios da China, quase 600 pessoas morreram, 1,5 milhão de casas foram destruídas e há cerca de dois milhões de desabrigados.