Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Catar corre risco de perder a Copa do Mundo de 2022, diz executivo da Fifa

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Quarta, 17 de Dezembro de 2014 às 11:26, por: CdB
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Zwanziger acrescentou que se os cataris não implementarem as recomendações até o prazo estipulado para o ano que vem, poderia haver consequências para o Mundial de 2022
O Catar deve cumprir o prazo até março para realizar reformas trabalhistas específicas se não quiser correr o risco de perder o direito de sediar a Copa do Mundo de 2022, disse o membro do comitê executivo da Fifa Theo Zwanziger. O alemão, que já foi diretor da Associação Inglesa de Futebol e tem criticado a capacidade do país desértico para sediar o Mundial durante o extremo calor do verão, disse que uma proposição vai ser feita durante a conferência do comitê executivo da Fifa, na sexta-feira. - Os cataris devem implementar até o prazo de 10 de março de 2015 a comissão independente, encarregada de monitorar regularmente as condições dos direitos humanos na construção das instalações para a Copa do Mundo e registrar avanços, como exigido pelo relatório Piper - disse Zwanziger à revista Spor Bild. "Até agora, aparentemente, não muito aconteceu", disse ele. Extensos relatórios sobre violações de direitos humanos em relação a trabalhadores migrantes no país rico em petróleo da Península Arábica levaram a uma revisão, incentivada pelo próprio Catar, das leis trabalhistas pela consultoria jurídica britânica DLA Piper, após a qual várias recomendações foram feitas, incluindo a implantação de um salário mínimo para cada categoria de operários da construção civil. Zwanziger acrescentou que se os cataris não implementarem as recomendações até o prazo estipulado para o ano que vem, poderia haver consequências para o Mundial de 2022. - Eu espero então que uma federação nacional faça um requerimento para uma votação dos 209 membros de federações no congresso da Fifa, no final de maio em Zurique, para retirar a Copa do Mundo do Catar - disse ele. Não é a primeira vez em que Zwanziger, que vai deixar sua posição como membro da Exco em março do ano que vem, criticou a realização do Mundial no Catar, e chegou a dizer em setembro não acreditar que o torneio seria realizado no país.  
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