Os Estados Unidos tentaram minimizar nesta segunda-feira as acusações contra o presidente George W. Bush, criticado por utilizar informação falsa para justificar o ataque ao Iraque, com base numa suposta tentativa iraquiana de comprar urânio. Bush defendeu o serviço de informação americano:
- As informações dos serviços de inteligência que recebo são excelentes. Os discursos que faço se baseiam nelas.
- Hoje estou absolutamente convencido, como estava quando pronunciei os discursos, de que (o ex-presidente iraquiano) Saddam Hussein havia desenvolvido um programa de armas de destruição em massa e que nosso país tomou a decisão correta - quando entrou em guerra para derrubar o governo.
- Para Bush, isto pertence ao passado. Acho que este caso está terminado - afirmou o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer.
No entanto, o Departamento de Estado, a primeira agência de um governo a identificar publicamente o Níger como possível abastecedor do Iraque em sua tentativa de obter urânio, admitiu que cometeu um erro ao citar o país africano num informe.
Terça-feira passada, a Casa Branca havia admitido que foi um erro Bush afirmar no discurso sobre o estado da União, no dia 28 de janeiro passado, que Bagdá tentou comprar urânio na África.
Bush havia feito referência a informações procedentes da Grã-Bretanha, as quais o governo americano estima, no entanto, que não tinham bases suficientes para figurar no discurso presidencial.