No dia em que uma operação da CPI da Pirataria apreendeu 40 toneladas de mercadorias clandestinas na cidade - material supostamente destinado a vendedores ambulantes -, camelôs montaram, no Largo da Carioca, Centro, um protesto contra as operações da Guarda Municipal. O objetivo do grupo, representado pelo Sindicato dos Trabalhadores Informais, é recolher 20 mil assinaturas e apresentar o documento ao Ministário Público estadual, cobrando providências contra o uso da violência nas ações de repressão ao comércio ilegal.
De acordo com os organizadores do movimento, nos primeiros quatro dias de coleta de assinatura foram obtidas 20 mil assinaturas. A partir de segunda-feira, a barraca voltará a ser armada no Largo da Carioca. Segundo o presidente do sindicato, Djaci Alves de Lima, existem cerca de 5 mil ambulantes trabalhando no Centro da cidade. O sindicato entregou um plano de emergência para a Coordenação de Licenciamento e Fiscalização da Prefeitura, organizando as áreas de atuação dos camelôs nos principais centros de conflito.
- Estamos fazendo um mapeamento dos camelôs na cidade. Acreditamos que são cerca de 60 mil. O que queremos é acabar com os conflitos. Queremos poder trabalhar em paz - disse Djaci.
Além de recolher assinaturas, o sindicato está distribuindo folhetos do Movimentos Unidos dos Comerciantes Ambulantes. O material explica as reivindicações do grupo e denuncia que "todos os dias a Guarda Municipal vem agredindo os trabalhadores".
Djaci diz que já entrou em contato com alguns comerciantes da área que, segundo ele, também sofrem muito com os constantes conflitos. O objetivo do grupo é criar um plano em que os camelôs e o comércio convivam sem conflitos nem danos. O documento também foi entregue ao 13º BPM (Praça Tiradentes).