O reconhecimento do governo americano foi estimulado pela publicação do relatório de uma comissão parlamentar britânica que levantou sérias dúvidas sobre a credibilidade dos serviços de inteligência ingleses, citados por Bush como parte do esforço de convencer os EUA de que o programa de armas de destruição em massa de Saddam Hussein era uma ameaça à segurança nacional.
A equipe parlamentar britânica disse que não ficou claro por que o governo inglês insistiu que havia informações de que o Iraque tentou comprar quantidades significativas de urânio na África. Notou também que a CIA já havia descartado essa informação.
Questionado sobre o relatório britânico, o governo americano divulgou uma nota dizendo que, depois de semanas de discussões sobre a declaração da compra de urânio pelo Iraque, reconheceu que a informação que dava fundamento ao discurso do presidente estava errada.
- De posse de todas as informações, a referência à tentativa do Iraque de comprar urânio da África não deveria ter sido incluída no discurso para o Estado da União - disse um alto funcionário do governo americano, em nota autorizada pela Casa Branca.