No primeiro de três debates entre George Bush e John Kerry, acorrido ontem à noite, algumas conclusões são evidentes.
A imagem de Kerry é um desastre. Ele é fraco como orador, fala relativamente baixo e sem entonação, além de não ter expressão facial alguma. Raramente olhava para as câmeras ao falar, direcionando-se sempre ao mediador do debate.
George Bush fez o contrário, se sentia mais à vontade, olhava nos olhos do eleitor e quando falava sobre suas idéias, as enfatizava com veemência.
Política é imagem, ainda mais na terra do Tio Sam, o país dos grandes vislumbres.
Bush tem a cara do norte-americano médio. Fala todos os "erres" possíveis de serem ditos, tem pose de cowboy - claro, ele veio do Texas, e a posição forte que todos desejam de um presidente.
Os democratas estão comendo bola. John Kerry é um candidato fraco. O seu vice, John Edwards, é mais carismático, mas não tem currículo, não tem um passado concreto.
Na verdade, o que foi visto ontem é que os americanos estão perdidos. Porque Rambo Kerry (ele ensaiou várias vezes discorrer sobre o seu glorioso passado no Vietnã, mas se conteve) diz que não fará como Kid Bush faz, mas também não diz o quê exatamente faria. As suas respostas são vazias, não possuem dados concretos, não têm consistência.
Ontem, ao ser questionado sobre o que faria no Iraque, disse apenas que retiraria as tropas de lá, mas não detalhou isso. Quando Bush o questionou sobre a origem do dinheiro para concretizar todos os seus planos, ele também foi evasivo.
Um ligeira vantagem foi adquirida quando conseguiu, por vezes, manter Bush na defensiva. Ou seja, o debate foi baseado mais em acusações de Kerry contra Bush do que propostas de Kerry sobre o que faria no lugar de Bush.
Há analistas que apontam Kerry como vencedor na