Legalizar o casamento entre homossexuais representaria um grave risco às famílias e é necessário aprovar uma emenda constitucional que o proíba, afirmou o presidente George W. Bush.
Em sua alocução de rádio feito nos sábados, o presidente optou por se centrar no casamento homossexual e no que descreveu como os esforços de "alguns poucos juízes ativistas e funcionários locais" para forçar sua aprovação.
A intervenção do presidente acontece um dia depois de o Senado dos EUA ter começado a debater uma emenda à Constituição -que tem poucas possibilidades de ser aprovada- na qual se estipula que o casamento só pode acontecer entre um homem e uma mulher.
"Nos estamos jogando muito neste assunto", afirmou Bush, que afirmou que, "ao longo do tempo, em cada cultura, os seres humanos entenderam que o casamento tradicional é a base para o bem-estar das famílias".
"Dado que as famílias transmitem os valores e formam o caráter, o casamento tradicional é também base para a saúde da sociedade", acrescentou.
Segundo Bush, "nossa política deveria se dirigir para fortalecer as famílias e não a debilitá-las. Mudar a definição do casamento tradicional socavará a estrutura familiar".
"Insto os membros da Câmara de Representantes e o Senado a aprovar e a enviar aos estados para sua ratificação uma emenda que defina o casamento nos EUA como a união de um homem e uma mulher como marido e mulher", declarou.
Bush tinha anunciado, em fevereiro, seu apoio a esta emenda, embora até esta semana não tenha voltado a abordar o assunto.
O candidato democrata às eleições presidenciais de 2 de novembro, John Kerry, opõe-se à emenda e considera que cada estado deve decidir se permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Para aprovar a emenda constitucional são necessários os votos de dois terços do Senado e da Câmara de Representantes e a ratificação de pelo menos 38 dos 50 estados da União.
Mas os próprios defensores da proposta admitem que carecem do apoio para aprová-la