Rio de Janeiro, 20 de Janeiro de 2025

Buscas por fugitivos continuam em Franco da Rocha

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Terça, 18 de Outubro de 2016 às 12:11, por: CdB

A secretaria não informou para onde os recapturados foram levados, mas é possível ver ambulâncias e carros da SAP chegando e saindo da Penitenciária de Franco da Rocha 3 e na portaria do HCTP familiares dos presos recebem a orientação de procurá-los nessa unidade

Por Redação, com ABr - de São Paulo:

Continuaram as buscas em Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo, pelos presos que fugiram após uma rebelião no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) Professor André Teixeira Lima. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) já foram recapturados, até o momento, 49 dos 55 fugitivos.

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Ao que tudo indica, os recapturados foram levados para a Penitenciária de Franco da Rocha 3

A secretaria não informou para onde os recapturados foram levados, mas é possível ver ambulâncias e carros da SAP chegando e saindo da Penitenciária de Franco da Rocha 3 e na portaria do HCTP familiares dos presos recebem a orientação de procurá-los nessa unidade.

O diretor do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), Fábio César Ferreira, disse que foi informado pelo diretor da unidade, Luiz Negrão, da fuga de 39 presos e que faltavam cinco para serem capturados. “Não conversei com os funcionários ainda. Todos os funcionários da unidade foram removidos para a Penitenciária 3”, disse.

A doméstica Vera Lúcia Biagio, mãe de um detento, contou que seu filho de 36 anos ficou com problemas mentais. Desde que sofreu um espancamento em outra ocasião em que esteve preso. E que há um mês e meio está no HCTP. Depois de passar mais de três anos em presídio comum por roubo. “Ele estava bem, tomando os remédios. Ele não pode ficar em penitenciária junto com presos comuns. Ele teve seis lesões no cérebro, é uma criança”.

Durante o motim, os presos incendiaram pelo menos três pavilhões. O Hospital de Custódia é destinado ao tratamento de detentos que cumprem pena em regime fechado e semiaberto, homens e mulheres. Também há presos provisórios e em medida de segurança. De acordo com a SAP, em contagem feita no último dia 13, havia 523 presos na unidade, que tem capacidade para 549 pessoas.

Morte de perita

O Tribunal do Júri condenou na segunda-feira o comerciante José Correia Neto a 13 anos e quatro meses de prisão. Pelo assassinato da perita da Justiça do Trabalho Célia Maria Galbetti. O réu, que estava preso desde março deste ano. Ele foi condenado por homicídio qualificado e permanecerá preso até o trânsito em julgado do processo.

Neto também foi condenado a um ano de detenção pelo crime de posse irregular de arma de fogo. O Ministério Público anunciou que vai recorrer para pedir o aumento da pena.

A perita foi morta no dia 18 de dezembro de 2008. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, no dia do crime ela teria ido ao estabelecimento comercial do acusado. Em uma ótica localizada no bairro de Santo Amaro, na Zona Sul paulistana. Ela foi cumprir uma diligência. Testemunhas ouviram uma discussão e em seguida o barulho de tiros. Após os disparos, o réu fugiu do local. A perita não resistiu aos tiros e morreu.

O assassinato de Célia Maria Galbetti foi julgado na Justiça Federal porque ela foi morta no exercício de uma função federal. O crime ocorreu em razão da atividade que ela exercia. Pela primeira vez, o plenário do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) foi usado para um Tribunal do Júri.

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