Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Burger King realiza seu IPO e movimenta mercado de ações

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Sexta, 15 de Dezembro de 2017 às 11:15, por: CdB

A BK Brasil Operação e Assessoria a Restaurantes SA, que opera cerca de 630 restaurantes do Burger King no país, precificou a oferta a R$ 18, no topo da faixa indicativa.

 

Por Redação - de São Paulo

 

O operador da rede Burger King no Brasil e seus acionistas levantaram R$ 2,2 bilhões em uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Principal acionista da rede de lanchonetes, o multibilionário Jorge Paulo Lemann ficou ainda mais rico. Entre idas e vindas da reforma previdenciária, o movimento assumiu posição de destaque na semana mais agitada para o mercado de capitais brasileiro; em mais de quatro anos.

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Dono do Burger King, Lemann ficou alguns milhões de reais mais rico

A BK Brasil Operação e Assessoria a Restaurantes SA, que opera cerca de 630 restaurantes do Burger King no país, precificou a oferta a R$ 18, no topo da faixa indicativa de R$ 14,50 a R$ 18. Os dados são da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Lanchonete

O IPO atraiu uma demanda quase quatro vezes superior à oferta; disseram três pessoas com conhecimento do assunto à agência inglesa de notícias Reuters, nesta sexta-feira. Isso permitiu aos bancos coordenar a emissão e elevar o tamanho original da operação. Passou de 6,5 milhões de ações, em 15%, para 122,5 milhões, exercendo o chamado “lote suplementar” de ações. Não estava claro se haveria a venda de lote adicional de ações, equivalente a 20% do tamanho original da oferta.

A rede de restaurantes receberá cerca de R$ 886 milhões com a venda das novas ações e planeja usar os recursos para financiar a expansão. Acionistas vendendo parte das ações, incluindo o grupo controlador Vinci Partners Investimentos Ltda, receberão cerca de R$ 1,3 bilhão, conforme o documento enviado à CVM.

Uma das fontes com conhecimento do assunto disse que os investidores compraram uma rede que entregou taxas consistentes de crescimento; mesmo durante a mais severa recessão econômica do país, em décadas.

Eleições

Esta foi a semana mais movimentada no mercado de capitais brasileiro em mais de quatro anos. A realização de IPOs levantou US$ 2,1 bilhões. As novas listagens este ano no país atingiram US$ 5,5 bilhões; um valor maior que o combinado dos últimos três anos. Uma lenta recuperação econômica, taxas de juro mais baixas e o avanço da bolsa brasileira encorajaram a retomada do mercado de capitais, este ano.

Na quarta-feira, a estatal Petrobras movimentou R$ 5 bilhões com a venda de uma participação de 27,85% em sua subsidiária BR Distribuidora. A precificação da BR Distribuidora ficou no piso da faixa indicativa. Os investidores seguem preocupados com o cenário político. Tudo o que compraram do governo imposto após o golpe de Estado, em Maio de 2016, poderá ser retomado por um governo eleito, democraticamente. Com isso, aumentam os riscos macroeconômicos um ano antes das eleições presidenciais de 2018. A estreia das ações está prevista para sexta-feira.

Na véspera, acionistas da Neoenergia decidiram adiar o IPO da companhia, recusando-se a reduzir o preço sugerido para as ações. Na segunda-feira, uma oferta secundária da Companhia de Saneamento do Paraná gerou R$ 302 milhões para os acionistas; apesar dos riscos embutidos.

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