Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Britânicos admitem falhas em relatório sobre o Iraque

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Domingo, 08 de Junho de 2003 às 06:52, por: CdB

O governo britânico admitiu que houve falhas no uso de relatórios de inteligência para montar o processo que levou à guerra no Iraque. O gabinete do primeiro-ministro, Tony Blair, disse que determinou melhora nos procedimentos depois da divulgação de um dossiê em janeiro, que mais tarde foi desacreditado pela revelação de que parte dele tinha sido levantado em pesquisa acadêmica. Alastair Campbell, diretor de comunicações de Blair, escreveu às agências de inteligência e segurança que "cuidado muito maior" seria tomado no futuro, segundo um porta-voz do governo. No entanto, o governo ainda mantém seu primeiro dossiê, divulgado em setembro do ano passado. Blair descartou alegações de que o relatório teria sido esquentado para exagerar a ameaça do Iraque com o objetivo de justificar a guerra. O dossiê apresentado em janeiro - o segundo sobre o Iraque - foi amplamente criticado quando emergiu a informação de que parte dele tinha sido copiada de uma tese de 12 anos de um estudante americano O primeiro documento para defender a guerra com o Iraque, publicado em setembro passado, está sendo investigado por parlamentares. Downing Street negou que a intervenção de Campbell seja equivalente a um pedido de desculpas. Exagero O jornal Sunday Telegraph disse que Campbell escreveu uma carta pessoal a Sir Richard Dearlove, chefe do Serviço Secreto de Inteligência (MI6). Segundo o jornal, graduados funcionários de inteligência ficaram furiosos porque o documento tinha sido produzido com informações suas combinadas com as de outras fontes. - Como muitas outras notícias sobre armas de destruição em massa, essa está totalmente exagerada - disse um porta-voz de Downing Street. Downing Street disse que não caracterizaria a carta como um pedido de desculpas. O comitê aprovou o primeiro dossiê, publicado em setembro, que está agora sob investigações pela comissão de assuntos estrangeiros da Câmara dos Comuns. O Comitê Conjunto de Inteligência está também investigando o relatório, o qual o governo nega ter sido tratado para aumentar o apoio à guerra.

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