Brasileiros têm metas distintas no Paris-Dacar

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado quinta-feira, 1 de janeiro de 2004 as 10:57, por: CdB

Os pilotos brasileiros que participam da 26ª edição do Rali Paris-Dacar têm objetivos diferentes na competição. O que tem mais chances de vitória é André Azevedo, na categoria caminhões. Vice-campeão em 2003, André disse que não será fácil conquistar o título, mas confia em um bom desempenho.

“Embora o nosso caminhão esteja mais preparado, a concorrência também está bem forte, com os caminhões russos Kamaz, os holandeses DAF e a própria equipe de fábrica Tatra, com Karel Loprais, da República Tcheca, que já anunciou que quer vencer. A disputa não será fácil”, disse o brasileiro, que irá pilotar um caminhão Tatra e terá como companheiros os tchecos Tomas Tomecek e Mira Martinek.

Já Jean Azevedo, irmão de André, disse que será praticamente impossível brigar pela vitória na categoria motos, mas quer conquistar um resultado inédito para o Brasil.

“Primeiro é preciso chegar ao final da prova e o resultado é conseqüência disso, mas meu objetivo é ficar em terceiro lugar na classificação geral. Sei que vai ser muito difícil, mas vou lutar. Neste ano há muitos pilotos com bons equipamentos, fora os competidores da equipe oficial de fábrica KTM, entre eles o Richard Sainct, Fabrizio Meoni, Cyril Despres, Juan Roma, Isidre Esteves, Marc Coma, Carlo de Gavardo, Giovani Sala, Alfie Cox, entre outros”, afirmou Jean.

Nos carros, Klever Kolberg e Lourival Roldan terão uma concorrência desleal, já que não possuem um carro oficial de fábrica.

“Se o nosso Mitsubishi Pajero Full custa 300 mil dólares, um veículo oficial não sai por menos de três milhões. Sem contar a infra-estrutura de apoio, infinitamente maior. Espero em 2005 estar correndo com um carro mais desenvolvido e tentar conquistar posições melhores como nas motos e caminhões”, declarou o piloto.