O Ministério da Agricultura, em nota divulgada nesta terça-feira, avisou que pretende enviar esclarecimentos à União Européia para tentar evitar que o bloco concretize o embargo ao mel brasileiro previsto para entrar em vigor na próxima sexta-feira. A medida seria tomada porque o mel brasileiro teria resíduos e não estaria de acordo com as normas de saúde e proteção ao consumidor do bloco.
Autoridades do Ministério, no entanto, solicitaram o apoio do da Delegação da União Européia no Brasil, embaixador João Pacheco, para encaminhar esclarecimentos técnicos à Direção de Saúde e Proteção do Consumidor da UE. O governo afirma que nunca recebeu notificação oficial das autoridades da UE sobre problemas da qualidade do mel brasileiro em relação ao controle de resíduos.
Os técnicos do ministério também dizem que o programa nacional de controle de resíduos incluiu neste ano o monitoramento do mel e também de resíduos como antibióticos, sulfas e substâncias banidas pela UE como o cloranfenicol, a estreptomicina, a tilosina e metabólicos de nitrofuranos.O programa prevê neste ano exames em 19.613 amostras, cerca de mil a mais que no ano passado. Os técnicos do ministério lembraram que os resultados do monitoramento do programa nos exercícios de 2003, 2004 e 2005 foram publicados e remetidos à União Européia, registrando incrementos de até 205% no número de análises.