Brasil quer repetir boa atuação contra o Uruguai

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado quarta-feira, 21 de julho de 2004 as 13:53, por: CdB

Entre jogadores e comissão técnica que estão na capital peruana para o jogo desta quarta-feira contra o Uruguai, que vale vaga na final da Copa América diante da Argentina, existe uma unanimidade. É necessário repetir o mesmo futebol apresentado na goleada de 4 x 0 sobre o México nas quartas-de-final do torneio continental.

Outro ponto de concordância entre os membros da delegação brasileira envolve a forma que os uruguaios devem se portar na partida que será disputada no Estádio Nacional. Todos acreditam que o Uruguai vai se defender ao máximo e usar e abusar dos contragolpes para chegar à meta de Júlio César.

“Se o Brasil apresentar a mesma atuação que teve contra o México, vai dar amarelinha, não tenha dúvida”, decretou o coordenador técnico Mario Jorge Lobo Zagallo.

Para o técnico Carlos Alberto Parreira, o Uruguai que está na Copa América é completamente diferente daquele que está fazendo campanha fraca nas eliminatórias. Os uruguaios ocupam a penúltima posição ao lado da Colômbia, com apenas sete pontos em sete compromissos. Além disso, eles perderam suas últimas três partidas no torneio contra Venezuela, Peru e Colômbia. Nesse período, sofreram 11 gols e marcaram apenas um.

“Mudou o treinador e mudou o time”, disse Parreira se referindo à entrada de Jorge Fossati no lugar de Juan Ramón Carrasco. “É um time experiente que tem quatro jogadores que disputaram Copas do Mundo.”

Parreira citou ainda a força do ataque paraguaio, formado por Bueno, Forlan e Dario Silva, a rapidez nos contra-ataques e a eficiência na bola aérea como fatores de preocupação para a seleção brasileira.

“É um time que, segundo o Jairo (dos Santos, olheiro da seleção), e eu concordo pelo que vi na televisão, tem na frente seu ponto forte”, disse.

Alvo de grande parte das críticas após as falhas defensivas que levaram à derrota por 2 x 1 diante do Paraguai ainda na primeira fase da competição, o jogador Luisão parece ter a receita para segurar o temido contragolpe uruguaio.

“Eu acho que contra uma equipe que joga no contra-ataque e é boa nisso, sempre que o time estiver atacando tem que se estar atento lá atrás”, disse o jogador do Benfica. “Temos que fazer aquilo que fizemos contra o México”, exemplificou.

“É uma equipe que marca bastante forte, mas que não toca tanto a bola quanto o México”, analisou.

Recém efetivado na lateral-direita do time titular na Copa América, Maicon também aponta a defesa como melhor ataque diante dos uruguaios.

“O professor Parreira frisou bem na preleção (antes da partida contra o México) que a gente fizesse uma marcação forte, porque na hora que estivermos com a bola, nós temos jogadores de qualidade”, disse.

“Então, não pode ser diferente contra o Uruguai.”

“É um jogo que o Brasil tem que saber jogar, porque a gente não pode vacilar”, disse Edu. “Se perder fica fora de uma final e nós chegamos até aqui e queremos ganhar o título.”

CARTÕES

Além de jogar bem, o atleta do Arsenal tem que se preocupar em não tomar o segundo cartão amarelo, que o deixaria de fora de uma eventual final contra a Argentina.

Outro pendurado, o meia Kleberson, pretende jogar sem pensar na possibilidade de suspensão e não descarta tomar a advertência se isso for ajudar o time.

“Se tiver que matar uma jogada que estiver indo em direção ao gol, eu vou fazer,” avisou.

Além de se defender, a seleção terá que buscar marcar gols e furar o bloqueio uruguaio para, no domingo, tentar seu sétimo título continental diante da Argentina. E o técnico uruguaio já disse que vai pôr a chave de sua defesa no bolso, dando uma idéia do bloqueio que deve ser formado pelos defensores paraguaios.

Só que Maicon acredita que pode ter papel importante para furar esse muro que Fossati pretende construir em torno da área de sua equipe.

“Se o Uruguai jogar fechado, vamos precisar bastante das jogadas laterais e de trabalhar bastante essa bola”, disse.

RETROSPECTO

Brasil e Uruguai têm uma longa história de confro