De início, 7,5 mil pessoas do Brasil, México e Peru não infectadas serão atendidas. A medida torna o Brasil pioneiro na implementação de profilaxia enquanto política pública
Por Redação, com ACS - de Brasília:
Um novo método para reduzir o risco de transmissão do vírus HIV começou a ser implantado no país. O projeto de Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (ImPrEP) foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De início, 7,5 mil pessoas do Brasil, México e Peru não infectadas serão atendidas. A medida torna o Brasil pioneiro na implementação de profilaxia enquanto política pública.
Os remédios antirretrovirais serão administrados todos os dias para evitar a contaminação. Segundo a diretora do INI/Fiocruz, Valdiléia Veloso, o público-alvo da medida são homens que fazem sexo com homens e mulheres transsexuais e travestis. Nos locais de testagem para o HIV. A população alvo também vai ser informada sobre a ImPreP e convidada, se houver interesse, a participar.
O Ministério da Saúde vai doar os antirretrovirais para os Estados do Amazonas, de Pernambuco, da Bahia, de São Paulo, do Rio de Janeiro, Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A partir de setembro, 3 mil brasileiros devem receber as doses.
ImPreP
A ImPreP pretende reduzir as infecções no país, que chegam a 44 mil por ano. Em 2015, 830 mil pessoas viviam com HIV no Brasil. De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).
A duração do ImPrEP será de três anos, com a participação de instituições de ensino e pesquisa dos três países e financiamento de US$ 20 milhões da Unitaid. Uma iniciativa global sem fins lucrativos que atua no incentivo de novos métodos para prevenção, diagnóstico e tratamento de HIV/Aids, tuberculose e malária.