Brasil e Argentina lançarão candidato único para liderar BID

O Brasil e a Argentina vão apresentar um candidato comum na disputa pelo comando do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), afirmou o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

- Chegamos a um acordo com o governo argentino de que queremos apresentar uma candidatura única. Essa é a idéia - afirmou o assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um seminário realizado em Buenos Aires.

O presidente argentino, Néstor Kirchner, disse nesta semana que o economista Aldo Ferrer, amigo pessoal do ministro da Economia do país, Roberto Lavagna, era um dos candidatos para ocupar a chefia do BID.

O uruguaio Enrique Iglesias ficará até setembro no comando da entidade. Outro candidato é o embaixador argentino nos EUA, José Octavio Bordón.O Brasil, de outro lado, já apresentou João Sayad, atual vice-presidente para o setor de Finanças e Administração do BID.
 
- Ferrer é um grande nome. O BID ficaria honrado com sua presidência. O governo brasileiro tem um grande respeito por ele, e eu pessoalmente gosto muito dele. Mas candidaturas sempre são candidaturas. O doutor Sayad também é um homem que possui as mesmas qualidades - disse Garcia.

Lavagna e o ministro da Fazenda brasileiro, Antonio Palocci, elaboram um programa conjunto de reformas para o BID, que, na opinião deles, deveria ser mais ágil na prestação de ajuda financeira para os países da região.

Na semana passada, o Peru apresentou seu ministro da Economia, Pablo Kuczynski, para dirigir a entidade. O presidente colombiano, Alvaro Uribe, também saiu à busca de apoio para seu candidato, Luis Alberto Moreno, embaixador do país nos EUA.

Os 47 países-membros do BID são representados por um diretório executivo composto por 14 pessoas. Esse órgão é que escolherá o sucessor de Iglesias.