A desigualdade econômica e social não é apenas injusta, mas também impede o próprio desenvolvimento no Brasil e na América Latina. A conclusão é do Banco Mundial, no estudo "Desigualdade na América Latina e no Caribe: Rompendo com a História?", divulgado nesta terça-feira.
-Se a desigualdade é muito grande, cada ponto percentual de crescimento econômico resulta em uma redução menor da pobreza- afirma o economista Francisco Ferreira, um dos autores do relatório, que analisou 52 pesquisas em 20 países da região, em diferentes períodos.
O estudo mostra que o Brasil continua no primeiro lugar na lista dos países mais desiguais da América Latina que é, por sua vez, uma das regiões com maior desigualdade no mundo.
O relatório traz, no entanto, pelo menos um dado positivo: nos anos 90, a desigualdade diminuiu um pouco no Brasil. Aumentou, porém, em países como Argentina, Uruguai e Venezuela, países onde ainda é muito menor do que no Brasil.