Que tal se a única pessoa no mundo que já foi indicada para um Oscar, um Grammy, um Globo de Ouro e o Nobel da Paz assumisse o Banco Mundial?
Na sexta-feira, o jornal Los Angeles Times reservou seu principal editorial para propor que Bono Vox, o cantor do grupo irlandês U2, seja nomeado o próximo presidente do Banco Mundial.
O presidente do organismo, James Wolfensohn, termina seu mandato no final de maio. E os Estados Unidos, que costumam reservar o posto para um cidadão norte-americano com experiência em Wall Street ou no governo, dizem querer ter o nome do seu sucessor antes da saída de Wolfensohn.
"Bono é um bom conhecedor dos assuntos que afligem as nações menos desenvolvidas do mundo", disse o jornal.
O cantor, de 44 anos, vem se mostrando nos últimos anos um apaixonado defensor do Terceiro Mundo, buscando um alívio à pesada dívida que aflige esses países. O cantor chegou a liderar uma turnê pela África com o ex-secretário do Tesouro norte-americano, Paul O'Neill, e recrutou aliados como o fundador da Microsoft, Bill Gates, para apoiar os esforços em prol do desenvolvimento desse continente.
Andres Martinez, responsável pela página editorial do Los Angeles Times, disse que a sugestão era séria. Outros candidatos mencionados, que poderiam quebrar a tradição de um norte-americano à frente do Banco Mundial, são o britânico Gordon Brown e o ex-presidente mexicano Ernesto Zedillo.