A China exporta para o mundo US$ 3,5 bilhões em brinquedos, mas está prestes a comprar bonecas 'fashion' de fabricantes brasileiras. Se o acerto vingar, Suzy, Xuxa, Angélica & companhia vão tomar muito chá nas casas de boneca das meninas chinesas.
Synésio Baptista Costa, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq), afirmou que um acordo setorial está sendo negociado entre as partes. Os empresários brasileiros querem ainda que só sejam embarcados para o Brasil produtos exportados legalmente.
Presidente também do Conselho Regional de Economia, Costa presidiu uma recente visita de economistas brasileiros à China, com o objetivo de conhecer o mercado e a economia locais, que crescem a um ritmo frenético.
As bonecas 'fashion' seriam um nicho no grandioso mercado chinês, que importa por ano perto de US$ 250 milhões em brinquedos, quase o que fatura em um ano todo o mercado brasileiro (US$ 270 milhões). O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior cruzou as pautas de importações chinesas e de exportações brasileiras e concluiu que o setor de brinquedos é, de fato, um dos mercados potenciais para vendas ao país asiático.
Entre brinquedos e artigos esportivos, a China importou US$ 158 milhões em 2002 e US$ 256 milhões em 2003, mas nada foi comprado do Brasil. No entanto, o Brasil exporta brinquedos e artigos de esportes para outros países: foram US$ 17 milhões em 2002 e US$ 20 milhões no ano passado.
Para o secretário de Comércio Exterior do ministério, Ivan Ramalho, os fabricantes brasileiros de brinquedos podem justamente explorar nichos de mercado não atendidos pelos produtores chineses. As maiores marcas de brinquedos do mundo, como a americana Mattel, fabricam brinquedos na China.
Os fabricantes chineses, no entanto, não detêm a tecnologia para produzir brinquedos mais elaborados. O forte deles, segundo o presidente da Abrinq, são os artigos populares e muito baratos.
Bonecas brasileiras podem ser exportadas para a China
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Segunda, 10 de Maio de 2004 às 23:24, por: CdB