Boca JR é campeão da Libertadores

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Publicado quarta-feira, 2 de julho de 2003 as 23:47, por: CdB

Os “Meninos da Vila” tentaram, mas não repetiram o feito de Pelé e Cia. Nesta quarta-feira, em um Morumbi lotado, o Santos não foi páreo para o Boca Juniors. Perdeu por 3 x 1 e deu adeus à badalada Copa Libertadores.

O Peixe, que buscava o terceiro título – foi campeão em 1962 e 1963 -, precisava reverter a vantagem do rival, conseguida na La Bombonera. Em Buenos Aires, o Boca, com gols de Delgado, venceu por 2 x 0.

Para dar a volta olímpica, o Santos tinha duas alternativas: vencer por três gols de diferença ou por dois. Neste caso, o título seria decidido nos pênaltis. Os tentos foram assinalados por Tevez, Delgado e Alex.

A conquista consagra o técnico Carlos Bianchi, verdadeiro carrasco dos brasileiros. Por Vélez Sarsfield e Boca, em 1994 e 2000, respectivamente, o “professor” bateu São Paulo e Palmeiras, no mesmo Morumbi. O time argentino, alias, venceu a Libertadores pela quinta vez (1977, 1978, 2000 e 2001).

Campeão Brasileiro em 2002, o Santos sonhava reviver ainda a decisão intercontinental. Caso vencesse a Libertadores, o alvinegro enfrentaria o Milan, campeão europeu. Ambos se confrontaram em 1963. O Peixe garantiu o título ao bater os italianos por 1 x 0, no Maracanã, com gol de Dalmo.

Em 14 jogos, o Peixe somou oito vitórias e quatro empates e duas derrotas. Ricardo Oliveira, com nove gols, terminou como artilheiro do certame.

Jogo
A decisão começou tensa e eletrizante. Logo aos 20s, Léo recebeu cartão amarelo ao fazer falta dura em Ibarra. Aos 5min, Cascini atingiu Diego no meio-campo e também foi advertido.

Na seqüência, após cobrança de escanteio, André Luís cabeceou sozinho e Villareal, substituto de Schelotto, tirou a bola em cima da linha. Aos 9min, depois de rápido contra-ataque, Delgado chutou de fora da área e levou perigo.

Melhor em campo, o Peixe, após jogada individual de Diego, pediu pênalti aos 12min. Antes de chutar para o gol, o camisa 10 foi tocado dentro da área. A arbitragem nada marcou.

Dois minutos depois, o alvinegro foi beneficiado. Léo cruzou pela esquerda e Robinho cabeceou. A bola passou rente à trave. No entanto, o atacante e outros dois santistas estavam em posição ilegal.

Apesar do sufoco e do maior tempo de posse de bola, o Santos não conseguia ultrapassar a bem postada defesa argentina. Pior: o Boca, quando contra-atacava, chegava com muita eficiência.

E, aos 21min, Tevez calou os santistas, que lotavam o Morumbi. Após a falha de Alex, na saída de bola, o jovem atacante tabelou com Bataglia e chutou no canto esquerdo de Fábio Costa. 1 x 0.

O gol abalou o Peixe. A equipe ainda dominava a partida, mas não apresentava o mesmo ímpeto. Diego era bem marcado por Bataglia, os laterais chegavam pouco à linha de fundo e Ricardo Oliveira quase não tocou na bola. Na tentativa de melhorar o alvinegro, Leão trocou o lateral-direito Wellington por Nenê.

Não adiantou. O Santos, para desespero de Leão, continuou abatido e teve apenas uma única chance até o final da primeira etapa. Aos 47min, Robinho recebeu cruzamento e falhou na finalização. “Ficou difícil. Vamos tentar pelo menos a vitória e deixar o campo de cabeça erguida”, disse o camisa sete.

O comportamento do Peixe não mudou no segundo tempo. Apesar do incentivo dos torcedores, o Santos incomodava pouco Abbondanzieri. Aos 14min, Renato bateu cruzado, Ricardo Oliveira desviou e a bola saiu por cima do gol.

Aos 30min, a equipe praiana ainda conseguiu descontar. Alex arriscou da intermediária e venceu o goleiro argentino. 1 x 1.

O gol deu novo ânimo aos Meninos da Vila. Porém o Boca Juniors, ao melhor estilo argentino, foi novamente implacável. Aos 39min, Delgado recebeu livre no início do meio campo e tocou na saída de Fábio Costa. 2 x 1.

Nos acréscimos, aos 49min, Fábio Costa fez pênalti em Jerez. Paulo Almeira perdeu a cabeça e tirou o cartão amarelo das mãos do juiz Jorge Larrionda, simulando punir o árbitro. Schiavi cobrou e converteu: 3 x 1.

SANTOS 3 x 1 BOCA JUNIORS

Santos
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