O governo permanece firme na disposição de manter o conteúdo da proposta de reforma previdenciária no Congresso. "O fundamental é que tenhamos a preservação do conteúdo", disse o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini. O projeto recebeu 453 emendas, das quais 266 foram de partidos aliados ao governo, inclusive o PT. Para Berzoini, o processo de emendas é "normal" e o essencial é "debater a concepção" da proposta. O ministro reiterou que o intuito é "aumentar a justiça orçamentária e preservar o sistema público de previdência". Segundo ele, em outros países houve uma "privatização" dos serviços previdenciários e o governo quer evitar esse caminho. - Mas se medidas não forem tomadas, haverá um estrangulamento do orçamento e outras reformas, com outras concepções, podem vir à tona - diz Berzoini. Em entrevista ao telejornal Bom Dia Brasil, Berzoini foi questionado sobre a reivindicação do poder Judiciário de ter um sistema diferenciado. - Nenhum segmento pode reivindicar tratamento específico e onerar o sistema mais do que o razoável - respondeu. Para ele, a reforma deve respeitar as diferenças entre as categorias, mas respeitar a isonomia dos direitos à previdência. Entre esses pontos, Berzoini citou a idade para o requerimento da pensão: - É fundamental ter aposentadoria em idade razoável. O setor público tem distorção. Não pode incentivar a aposentadoria precoce - disse ele, a respeito da idade mínima. O ministro comentou ainda que, apesar de divergências internas ao PT a respeito da reforma, a "base do partido assimilou e está apoiando" as iniciativas do governo.
Berzoini volta a defender aprovação do conteúdo integral da reforma
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Segunda, 07 de Julho de 2003 às 08:54, por: CdB