Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Bélgica faz um minuto de silêncio em homenagem às vítimas de atentados

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Quarta, 23 de Março de 2016 às 11:09, por: CdB

 

Por volta do horário marcado, centenas de pessoas se juntaram no centro da cidade para lembrar, com lágrimas e gritos os atentados

  Por Redação, com agências internacionais - de Bruxelas:   O governo belga convocou a população a fazer nesta quarta-feira um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do atentado terrorista que deixou 30 mortos e mais de 200 fedridos. – Convido a população a fazer um minuto de silêncio ao meio-dia (8h em Brasília) de hoje, em homenagem às vítimas dos atentados terroristas de 22 de março – escreveu o chefe do Governo de Bruxelas, Rudi Vervoort, no Twitter.
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Bélgica faz um minuto de silêncio para lembrar as vítimas do atentado de ontem no aeroporto da capital e em uma estação de metrô de Bruxelas
Por volta do horário marcado, centenas de pessoas se juntaram no centro da cidade para lembrar, com lágrimas e gritos os atentados de terça-feira. "Viva a Bélgica!", ouviu-se no final da homenagem na Praça da Bolsa, no centro da cidade; na Anspach, rua exclusiva para pedestres repleta de comércio e uma das principais áreas de concentração de pessoas em Bruxelas. O rei e a rainha belgas, Filipe e Matilde, assim como o primeiro-ministro belga, Charles Michel, assistiram ao evento no centro da cidade, junto à sede das instituições europeias em Bruxelas, informou o Palácio Real. Também prestaram homenagens o presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker e o primeiro-ministro francês, Manuel Valls. Na terça-feira mesmo, a Praça da Bolsa já tinha várias mensagens escritas a giz no chão lembrando os mortos nos atentados, além de velas e flores. "O medo não vencerá" é uma das mensagens mais repetidas, havendo também apelos contra a discriminação e diversos incentivos à Bélgica e à unidade do país. O aparato policial está bastante reforçado em toda área central da cidade, onde também estão várias dezenas de jornalistas que acompanham a movimentação local. Na terça-feira, Bruxelas foi atingida por três explosões, duas no aeroporto internacional de Zaventem e outra no metrô, causando a morte de pelo menos 34 pessoas e ferindo mais de 200. A autoria dos ataques já foi reivindicada pelo grupo extremista Estado Islâmico. Para domingo, está marcada na rede social Facebook uma marcha pacífica, convocada para as 13h (11h em Brasília).

Ligado aos atentados de Paris

O terceiro suspeito dos atentados de terça-feira no aeroporto de Bruxelas, e o único que continua vivo, foi identificado como Najim Laachraui, homem ligado aos ataques de Paris, revelou nesta quarta o jornal belga La Dernière Heure. Os serviços secretos e a polícia da Bélgica "procuram ativamente” o suspeito, de 25 anos, que aparece nas imagens divulgadas pelas autoridades, gravadas pelas câmaras de vigilância do aeroporto, que mostram os três supostos terroristas. Nas imagens, Laachraui usa um gorro escuro e empurra um carrinho de bagagem, onde tem um saco de viagem com, provavelmente, explosivos dentro. Os explosivos que transportava não chegaram a explodir, ao contrário do que ocorreu com a bagagem dos outros dois homens, segundo os meios de comunicação locais. O DNA de Laacharaui foi encontrado em “material explosivo usado nos atentados” de Paris em novembro de 2015, disse ainda ao jornal belga uma fonte próxima da investigação francesa. O suspeito deixou a Síria em fevereiro de 2013 e é procurado desde dezembro passado, após os atentados de Paris. Durante controle policial em setembro, na fronteira entre a Hungria e a Áustria, ele foi identificado com o nome falso de Soufiane Kayal e estava acompanhado por Salah Abdeslam, ligado aos atentados de Paris e capturado na sexta-feira passada em Bruxelas. Os dois estavam com Mohamed Belkais, um argelino de 35 anos morto pela polícia no mesmo dia, em Bruxelas. Laachraui alugou uma casa, com um nome falso, na comunidade belga de Auvelais, que serviu para preparar os atentados de Paris. Os investigadores também consideram que, na noite dos ataques na França, ele falou ao telefone com os homens-bomba que estavam em Paris, como fez Belkhaid. Lacharaui foi, segundo os meios de comunicação belgas, o responsável por fazer os cintos de explosivos usados em Paris e o seu DNA foi encontrado em dois deles (um usado no Bataclã e outro no Estádio de França), informou a televisão RTBF. Também foram encontradas impressões digitais de Laachraui em uma casa no bairro de Schaerbeek, em Bruxelas, onde as autoridades acreditam que foram fabricados os cintos de explosivos usados na capital francesa. Estão assim identificados os três suspeitos que atuaram ontem no aeroporto de Bruxelas, depois de a RTBF ter informado também hoje que os outros dois suicidas são irmãos, de apelido El Bakraoui, que tinham ficha na polícia mas não por terrorismo. Khalid e Ibrahim El Bakraui eram de Bruxelas e estavam nos registos da polícia por atos de vandalismo, esclarece a RTBF.
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