O Banco Central considerou “modesta” a recente queda das expectativas de inflação para o ano que vem, sinalizando que a esperada redução dos juros deve demorar e que novos apertos podem ser necessários.
Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quarta-feira, o BC reafirmou que está preparado para alterar o ritmo e a magnitude do aperto monetário caso a inflação não se aproxime da meta. Durante a reunião, realizada em 14 e 15 de dezembro, o comitê elevou a taxa básica de juro em 0,5 ponto percentual, para 17,75%.
“A combinação de etapas adicionais desse processo de ajuste (monetário) com um período suficientemente longo de manutenção dos juros após a sua conclusão deverá reduzir de forma significativa a probabilidade de que a trajetória futura da inflação se desvie dos objetivos estabelecidos para a atuação da política monetária”, afirmou o comitê.
Apesar do discurso duro, o Copom reduziu a previsão para o reajuste de preços administrados em 2005 de 7,2% para 6,7%, estimando aumento zero para a gasolina. Os preços da energia, na avaliação do comitê, devem subir 9,5% e os da telefonia fixa, 7,7%. Para 2004, o BC elevou a previsão de reajuste da gasolina de 9,5% para 13%.