Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

BC: Saldo da balança comercial será maior do que o previsto

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Segunda, 16 de Janeiro de 2006 às 10:05, por: CdB

O bom desempenho das exportações brasileiras neste início de ano provocou a primeira alteração nas previsões dos analistas de mercado para o saldo da balança comercial em 2006 (cálculo feito a partir das exportações menos as importações). A projeção anterior, que apontava para um saldo de US$ 37 bilhões no ano foi agora corrigida para US$ 38 bilhões. Isso significa que o país deve continuar exportando mais produtos do que importando. Fica reforçada também a estimativa de saldo positivo de US$ 8 bilhões no balanço de conta corrente (soma de todas as transações comerciais e financeiras com o exterior).

A opinião dos analistas de mercado sobre a balança comercial foi registrada a partir de uma pequisa do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, por meio do boletim Focus. O estudo demostra a saúde financeira no setor externo da economia. O mesmo não acontece no mercado interno, onde o crescimento estimado da produção industrial em 2005 caiu mais um pouco, de 3,15% para 3%. A aposta dos analistas entrevistados pelo Banco Central é de que o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país em 2005, cresceu em torno de 2,4%. Para 2006, a projeção do PIB continua mantida em 3,5%.

A pesquisa do Banco Central é realizada todas as sextas-feiras com uma centena de analistas de mercado e instituições financeiras para "sentir" as tendências dos principais indicadores da economia. De acordo com a média das projeções pesquisadas, a dívida líquida do setor público terminou 2005 calculada em 51,6% do PIB, em continuidade ao movimento de redução da equivalência dívida/PIB, que no decorrer deste ano deve cair para 50,5%, segundo o boletim Focus.

Esse "cenário de mercado" parte do pressuposto que a cotação do dólar norte-americano terminará 2006 em R$ 2,40 e a taxa básica de juros (Selic) em não mais que 15% ao ano. A taxa, que hoje está em 18% poderá cair para até 17,25% na reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) realizará amanhã e depois, com vistas a "ajustar" os juros à realidade do mercado.

A taxa Selic tem caído à razão de meio ponto percentual por mês, desde outubro, mas os analistas de mercado acreditam que no momento há mais espaço para uma redução maior. As reuniões do Copom deixaram de ser mensais e, a partir de agora, o intervalo médio entre as reuniões será de 45 dias.

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