BC projeta maior inflação e redução do PIB para o ano

Pesquisa semanal do Banco Central junto a cerca de 100 instituições financeiras, indica que o índice de Preços ao Consumidor Amplo deve fechar o ano em 6,04%, contra 5,88% da semana anterior. A meta do BC ajustada para este ano é de 5,1%. Para 2006, no entanto, a mediana das expectativas permaneceu em 5%.

Já para o crescimento do Produto Interno Bruto em 2005, o mercado reduziu ligeiramente sua projeção, passando de 3,69%, há uma semana, para 3,67% neste ano. Para 2006, a mediana das expectativas é de que o PIB cresça 3,57%, bem abaixo da previsão da semana anterior, cuja estimativa era de 3,70%. 

Para o mês de abril, o mercado também elevou a estimativa, passando de 0,51%, há uma semana, para 0,60%. Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a inflação oficial em março, que ficou em 0,61%, pouco acima da estimativa do mercado, de 0,60%.

Para maio, a mediana das expectativas prevê inflação de 0,45%, avanço em relação à semana anterior, cuja previsão era de 0,40%.

A previsão para a inflação acumulada em 12 meses, no entanto, registrou queda pela segunda semana consecutiva. De acordo com o Relatório de Mercado do BC, O IPCA no período deve ficar em 5,48%, contra estimativa anterior de 5,57%.

A resistência das expectativas do mercado acima da meta ajustada de inflação para o ano é um dos motivos para o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic. No dia 16 de março, o Copom decidiu subir a taxa pelo sétimo mês seguido, em 0,5 ponto percentual, de 18,75% para 19,25% ao ano. Para a reunião de abril, os analistas dos bancos ouvidos pelo BC esperam que o Copom mantenha a taxa em 19,25%, mesma expectativa da semana passada.