BC mantém juros básicos da economia e interrompe ciclo de queda da Selic

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Publicado quarta-feira, 19 de junho de 2024 as 19:04, por: CdB

A decisão confirmou as expectativas dos analistas financeiros, mas ainda representa uma previsão maior de juros para 2024 em relação ao observado no começo do ano. Em janeiro, a previsão era que a Selic terminaria 2024 em 9% ao ano (a.a.). A maior parte dos economistas, agora, espera que a taxa básica permaneça no atual patamar de 10,50% (a.a.) até o fim do ano – e que novos cortes aconteçam somente em 2025.

Por Redação – de Brasília

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), interrompeu o ritmo de queda na taxa oficial de juros (Selic) e manteve a referência em 10,5%, por unanimidade. A decisão era esperada pela maioria dos analistas, embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha se pronunciado, na véspera, com duras críticas à autoridade monetária.

A reunião do Copom, no Banco Central, determina a taxa oficial de juros nos financiamentos bancários
A reunião do Copom, no Banco Central, determina a taxa oficial de juros nos financiamentos bancários

A decisão confirmou as expectativas dos analistas financeiros, mas ainda representa uma previsão maior de juros para 2024 em relação ao observado no começo do ano. Em janeiro, a previsão era que a Selic terminaria 2024 em 9% ao ano (a.a.). A maior parte dos economistas, agora, espera que a taxa básica permaneça no atual patamar de 10,50% (a.a.) até o fim do ano – e que novos cortes aconteçam somente em 2025.

 

Comunicado

Com a manutenção dos juros já precificada entre os analistas, as atenções ficaram voltadas para o comunicado divulgado após a decisão do Copom e pela divisão dos votos entre os diretores – tema que gerou polêmica na última reunião, quando houve uma racha entre a diretoria e sucessores. No encontro desta quarta-feira, todos os diretores votaram pela manutenção das taxas.

— A desancoragem que já existia na semana passada aumentou. E não aumentou pouca coisa, aumentou muito — disse a economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, a jornalistas.

Em comunicado divulgado no início desta noite, após a decisão, o colegiado afirmou que o ambiente externo se mantém adverso, “em função da incerteza elevada e persistente sobre a flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e quanto à velocidade com que se observará a queda da inflação de forma sustentada em diversos países.”

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